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12/Jan/2021

Preços do trigo estão em alta no mercado interno

A negociação de trigo começou a ganhar fôlego no Paraná. A valorização do dólar, o volume limitado de ofertas e os atrasos na importação da Argentina ajudaram a elevar as cotações. No Rio Grande do Sul, os preços estão sustentados e a movimentação é pontual, com moinhos retornando aos negócios aos poucos. No Paraná, na região dos Campos Gerais, saem bons volumes por R$ 1.400 por tonelada, com retirada em fevereiro e pagamento no fim de fevereiro. As negociações haviam começado o mês de janeiro em ritmo mais lento, a R$ 1.320 a R$ 1.360 por tonelada para retirada imediata e pagamento em meados de fevereiro. Com a possibilidade de atraso na colheita de soja e milho na região, alguns vendedores aceitaram negociar com prazo fevereiro, que estava com valor mais atrativo.

Os preços ainda estão abaixo, mas próximos do pico de R$ 1.500 por tonelada atingido em novembro de 2020. Já os vendedores que precisavam de espaço desovaram o trigo e já estão carregando em preparação para a colheita de milho. A alta das cotações é motivada pela valorização do dólar, pelo bom volume já comercializado na região, o que limita as ofertas, e pelo efeito da greve na Argentina no volume importado. Os moinhos estavam bem comprados com o trigo nacional quando estourou a paralisação nos portos argentinos, mas haviam aproveitado quando o dólar recuou para próximo de R$ 5,10 para fechar compras da Argentina, que não estavam chegando. Há reclamações de compra de trigo que não chegou, mas são casos isolados.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os compradores indicam entre R$ 1.360 a 1.380 por tonelada, para entrega imediata e pagamento em 30 dias. Saem volumes pontuais. Os moinhos argumentam que não estão conseguindo colocar a farinha no mercado. Os preços estão sustentados. A greve na Argentina não chegou a afetar os moinhos da região, que já estavam abastecidos. Quem tinha que receber já havia recebido. Alguns vendedores, contudo, estão retraídos, acreditando que o preço pode subir mais e seguram os grãos que possuem em estoque. A partir da segunda quinzena do mês, deverá haver maior movimentação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.