07/Dez/2020

Os preços do trigo seguem em queda no País, acompanhando os recuos recentes do dólar e o maior volume de ofertas. A moeda norte-americana fechou com desvalorização na sexta-feira (04/12) e acumulou recuo de 3,8% na semana, a terceira seguida de perdas para a moeda norte-americana ante o Real. No Paraná, a negociação travou. Foram negociados lotes para entrega imediata em moinhos de Ponta Grossa por R$ 1.380 a tonelada, com pagamento em dezembro, e R$ 1.400 a tonelada, com pagamento em janeiro, mesmos níveis apontados na semana anterior. Contudo, a indicação de compra na região caiu para a casa dos R$ 1.350 a tonelada. O preço cedeu em virtude da queda do dólar, e o mercado ficou sem propostas firmes. Os vendedores sem necessidade urgente de recursos se mantêm fora das negociações, enquanto outros ofertam a R$ 1.400 a tonelada. Há mais ofertas agora que a colheita está concluída, mas o fato de 70% da safra estar negociada limita a disponibilidade do cereal.

No Rio Grande do Sul, o mercado de trigo está estagnado. Os moinhos já se abasteceram e não conseguem vender farinha aos Estados vizinhos. A indicação de compradores está na faixa de R$ 1.190 a R$ 1.200 a tonelada para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mas vendedores buscam R$ 1.350 a R$ 1.400 a tonelada para negociar lotes. Com bastante oferta, os moinhos estão retraídos. Com isso, produtores preferem guardar o produto no silo para esperar oportunidades mais remuneradoras. A colheita de trigo no Rio Grande do Sul atingiu 99% da área plantada. Restam áreas a serem colhidas em Bagé, Pelotas e Caxias do Sul. Na Argentina, a colheita está 40% concluída, avanço semanal de 9 pontos porcentuais e atraso de 6 pontos porcentuais na comparação anual. A projeção de colheita está mantida em 16,8 milhões de toneladas.

29% da safra de trigo argentina tem condição boa ou excelente, ante 26% na semana anterior. Já a parcela da safra em condição ruim ou muito ruim diminuiu de 27% para 21%. Na Bolsa de Chicago, os futuros de trigo fecharam em queda com a expectativa de ampla oferta global da commodity. No Canadá, a produção de trigo no país deve alcançar 35,2 milhões de toneladas, o maior nível em sete anos. A oferta de trigo é relativamente grande nos Estados Unidos e no mundo. As áreas de trigo dos EUA devem ter umidade nesta semana, o que está levando o mercado a iniciar um movimento de baixa. O contrato de trigo para março na CBOT terminou em queda de 9,00 cents (1,54%), a US$ 5,75 por bushel. Em Kansas City, igual vencimento do trigo duro vermelho de inverno recuou 7,00 cents (1,27%) e fechou cotado a US$ 5,42 por bushel. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.