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23/Nov/2020

Preços do trigo firmes com compradores retraídos

As negociações de trigo transcorrem de forma lenta, com moinhos aproveitando o maior volume de ofertas à medida que a colheita se aproxima do fim no Paraná e se acelera no Rio Grande do Sul. A proximidade da chegada do trigo vindo da Argentina e a redução no preço de importação após recuos recentes do dólar também contribuíram para a demanda mais fraca dos compradores. No Paraná, na região dos Campos Gerais, os moinhos não abriam propostas firmes há 15 dias. A indicação de compra nominal ficaria em R$ 1.350 a R$ 1.380 por tonelada, para retirada imediata e pagamento em 30 dias. Depois que o dólar começou a ceder há cerca de duas semanas, a negociação travou, com a concorrência do importado. Nesse meio tempo saíram negócios pontuais a R$ 1.400 por tonelada com pagamento em janeiro de 2021.

Novos lotes de trigo importado chegariam a Paranaguá por volta de R$ 1.500 por tonelada, e cargas encomendadas previamente do país vizinho devem aportar em dezembro. O vendedor sem necessidade urgente mantém a pedida em R$ 1.500 por tonelada. Tem produtores tranquilos, porque já estão bem vendidos em soja e milho. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a referência de compra é de R$ 1.300 por tonelada para retirada entre 15 de dezembro e 15 de janeiro e pagamento 30 dias depois do embarque. Os moinhos estão abastecidos. Os vendedores buscam R$ 1.400 por tonelada. Tem muita oferta no mercado. Moinhos gaúchos não vão pagar mais agora. Contudo, caso se confirmem perdas expressivas por seca na safra de verão de milho do Estado, os preços podem voltar a subir, já que o trigo tem sido usado para ração como substituto do milho.

Na Bolsa de Chicago, os futuros de trigo fecharam em direções distintas na sexta-feira (20/11). O contrato mais líquido, para março, avançou, assim como o com vencimento em dezembro. Já o contrato maio ficou estável e o julho recuou. O tempo seco no Sul das Grandes Planícies, nos Estados Unidos, pode afetar a safra do grão, embora haja expectativa de chuvas na região. O tempo no centro e no sul das Grandes Planícies está seco, exceto por chuvas que caíram em boa parte de Oklahoma e no sul de Kansas há várias semanas. Em geral, 28% da região recebeu menos de 50% da precipitação normal nos últimos 30 dias, com 10% recebendo menos que 25%. A maior parte desses déficits está no Texas, Colorado e nos dois terços mais ao norte de Kansas. O contrato de trigo para março na CBOT terminou com avanço de 0,75 cent (0,13%), em US$ 5,99 por bushel. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.