09/Nov/2020

A movimentação de trigo no mercado disponível no País ocorre da mão para a boca, a exemplo do que vinha ocorrendo nas últimas semanas. Contudo, os recuos do dólar diante da expectativa com a eleição norte-americana reduziram as propostas. Na região dos Campos Gerais (PR), a semana passada começou com negócios a R$ 1.500 a tonelada para entrega imediata e pagamento em 40 dias, mas do meio para o fim da última semana os preços cederam para R$ 1.470 a tonelada. Os moinhos estavam recebendo os volumes recém adquiridos e o dólar começou a recuar, por isso as propostas diminuíram. Há moinhos bem comprados, e está chegando produto importado.

A pressão da oferta aumentou com a colheita já próxima do fim na região, mas vendedores estão capitalizados e dosam a chegada de lotes ao disponível. Na região de Passo Fundo (RS), os preços indicados para compra estão na faixa de R$ 1.420 a R$ 1.430 a tonelada, ante R$ 1.400 a tonelada na semana anterior. Para exportação, a indicação é de R$ 1.150 a tonelada para trigo pH 78 entrega em dezembro e pagamento em janeiro no Porto de Rio Grande. Os vendedores, contudo, não mostram interesse. Estão cumprindo contratos e aguardando. A alta do milho segue dando suporte para o trigo no Estado. A colheita tende a se intensificar no fim do mês.

Na Bolsa de Chicago, os futuros de trigo encerraram em baixa na sexta-feira, reagindo a um movimento de embolso de lucros. O contrato mais líquido, com vencimento em dezembro, terminou com recuo de 7,25 cents (1,2%), em US$ 6,00 por bushel. Em Kansas City, igual vencimento do trigo duro vermelho de inverno perdeu 7,75 cents (1,4%) e fechou cotado a US$ 5,55 por bushel. Traders e produtores aproveitaram os patamares de preços mais altos para efetuar vendas. A realização de lucros e as vendas agrícolas nos EUA atrapalharam o desempenho inicial da CBOT. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.