ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

19/Out/2020

Tendência de alta para o trigo com oferta retraída

Os preços do trigo subiram no Paraná e se mantiveram no Rio Grande do Sul. Nos Campos Gerais (PR), apesar do avanço da colheita, os vendedores estão capitalizados e retraídos, e compradores pagaram mais para atrair ofertas. No Rio Grande do Sul, moinhos aguardam maior volume da safra que começa a ser colhida. Na região dos Campos Gerais (PR), saem negócios por até R$ 1.300 por tonelada FOB com retirada imediata e pagamento de 30 a 40 dias, acima dos R$ 1.250 a R$ 1.280 por tonelada da semana anterior. Para entrega em moinhos da região, a indicação de compra era de R$ 1.330 a R$ 1.350 por tonelada, ante R$ 1.300 a R$ 1.320 por tonelada uma semana antes. A retenção de ofertas, o dólar valorizado, o preço firme do milho e a quebra na Argentina sustentam as cotações. 30% da safra da região já está colhida, mas não surge grande volume de ofertas. Muitos vendedores estão tranquilos e capitalizados, vendo o preço subir.

Outros negociam conforme a necessidade de quitar despesas. Por outro lado, os compradores estão bem posicionados, mas alguns tinham contratos para receber que atrasaram e estão adquirindo volumes pontualmente. Alguns moinhos compraram bem antecipado. Estão adquirindo trigo da mão para boca, esperando chegar volume maior. Na região de Passo Fundo (RS), a negociação estancou. Os compradores oferecem R$ 1.250 a R$ 1.270 por tonelada para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mesmos níveis da semana anterior. Começou a colheita de algumas lavouras, mas somente a partir do fim do mês será mais intensa. Os moinhos, por sua vez, relatam estar bem abastecidos. Vão esperar entrar trigo de contratos futuros para posteriormente começar a pesquisar pelo trigo novo. A região, contudo, deve ter quebra de safra devido às geadas no desenvolvimento e à falta de chuva no enchimento do grão.

Na Bolsa de Chicago, os futuros de trigo fecharam em alta na sexta-feira (16/10), renovando a máxima em 6 anos. Os ganhos foram sustentados em parte por rumores de que a China estaria interessada em comprar mais trigo no exterior. Dados de vendas externas dos EUA vieram no teto das estimativas e contribuíram para a alta. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) relatou que exportadores venderam 528.500 toneladas de trigo da safra 2020/2021 na última semana. Para a safra 2021/2022, foram reportadas vendas de 71.200 toneladas. A China comprou 57.400 toneladas do volume total, de 599.700 toneladas. O desempenho do mercado também refletiu uma menor previsão para a safra argentina e o clima seco no sul das Grandes Planícies dos EUA. A Bolsa de Comércio de Rosário reduziu a estimativa para a produção de trigo na Argentina em 2020/2021, de 18 milhões de toneladas, para 17 milhões de toneladas. Segundo a Bolsa, a redução se deve ao prolongado período de estiagem em algumas das principais regiões de cultivo do país. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.