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16/Out/2020

Abitrigo contra transgênico aprovado na Argentina

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) se posicionou contrária ao uso do trigo geneticamente modificado (GM) aprovado na Argentina, país de onde os moinhos nacionais adquirem cerca de 90% do cereal importado. Em pesquisa feita com moageiros brasileiros, 85% deles não foram favoráveis à utilização de trigo transgênico e 90% informaram estarem dispostos a interromper suas compras de trigo argentino, caso se inicie a produção comercial naquele país e sua exportação para o Brasil. A associação deverá solicitar às entidades governamentais brasileiras que não autorizem a comercialização desses produtos no Brasil. Há cerca de 30 anos, este assunto tem sido objeto de análise da comunidade científica internacional, de governos e consumidores nos países que têm no trigo fonte essencial de alimentação, como Canadá, Estados Unidos, Austrália e Comunidade Europeia, onde o consumo per capita supera em duas vezes o consumo brasileiro.

Essas análises determinaram, até o momento, a não aprovação de utilização de trigo GM por não serem identificados benefícios evidentes às pessoas, sendo objeto exclusivo de busca de aumento de produtividade do campo. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) registra apenas duas variedades de trigo GM aprovadas no mundo, sendo uma nos Estados Unidos em 2004, que gerou grande repercussão negativa mundial e a interrupção de sua produção e comercialização e a outra variedade aprovada na Argentina, ainda sem comercialização. Na Argentina, a Federação da Indústria Moageira, as Câmaras Arbitrais Argentinas e Associação dos Exportadores Argentino também se manifestaram contrárias à produção e comercialização dos produtos transgênicos. Sendo autorizada a comercialização pelo Brasil, importantes custos de controle serão agregados ao processo de importação, que terão consequências sobre os preços aos consumidores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.