ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

14/Set/2020

Comercialização de trigo está lenta na Região Sul

A comercialização de trigo está lenta na Região Sul do País. Os moinhos esperam oferta da safra nova, que está sendo colhida, e, consequentemente, preços mais baixos. Os estoques não são amplos, mas a indústria prefere aguardar o cereal nacional, já que, com o dólar valorizado ante o Real, a importação é menos interessante. No Paraná, na região dos Campos Gerais, os produtores indicam R$ 1.200,00 por tonelada FOB, para retirada imediata e pagamento em 30 dias, mas a indústria indica R$ 1.150,00 por tonelada, em iguais condições. Na região de Ponta Grossa, o produtor não está tão inflexível, visto que o preço da tonelada está até R$ 400,00 por tonelada acima de igual época do ano passado. Os moinhos aguardam a safra nova, que está atrasada O plantio já ocorreu com atraso e a colheita, consequentemente, também. O Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), apenas 11% da safra de trigo foi colhida até a semana passada. Os vendedores têm expectativa de que os preços voltem aos R$ 1.200,00 por tonelada. Acabam ocorrendo negócios a R$ 1.150,00 por tonelada indicado pelos moinhos.

No Rio Grande do Sul, os moinhos têm adquirido apenas volumes pontuais do trigo que será colhido nos próximos meses. Os negócios vêm sendo fechados por cerca de R$ 1.150,00 por tonelada de trigo pão, para carregamento em dois meses e pagamento em 30 dias. Como não está tendo demanda por farinha e os moinhos não têm lugar para armazenar trigo agora, compram (com entrega futura) para garantir algum volume. Para o produtor é bom também, porque normalmente os preços caem durante a colheita. Parte dos vendedores indica R$ 1.300,00 por tonelada de trigo pão. No spot, são muito raras as ofertas. Para o trigo "branqueador", os compradores do Estado têm mantido suas indicações entre R$ 1.300,00 e R$ 1.350,00 por tonelada FOB, enquanto os produtores indicam R$ 1.600,00 por tonelada. As indústrias da região da Serra têm demandado farelo de trigo como alternativa ao milho, cujos preços seguem em níveis elevados. Porém, com a demanda enfraquecida por farinha, os moinhos não têm moído trigo, o que acaba resultando em escassa oferta de farelo de trigo. Boa parte do trigo futuro já foi comercializada, mas moinhos estão apreensivos em relação à qualidade do cereal a ser colhido. Uma parte das lavouras plantadas foi prejudicada pelas geadas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.