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08/Set/2020

Comercialização de trigo lenta no mercado interno

A comercialização de trigo é lenta na Região Sul do País. As vendas antecipadas foram volumosas tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul e, na semana passada, o recuo do dólar ante o Real inibiu novos acordos. Cerca de 30% da safra que será colhida em novembro já foi comercializada no Rio Grande do Sul. Apesar da geada que afetou as lavouras em meados de agosto, boa parte dos trigais está bem. Nos últimos dias, os moinhos se mantêm praticamente fora das compras, pois estão abastecidos. Na semana passada, a indicação no Porto de Rio Grande, para exportação, é de R$ 950,00 por tonelada CIF, ante R$ 1.000,00 por tonelada CIF da semana anterior. O mercado está parado. Cooperativas e revendas têm atuado no mercado do Estado, comprando diretamente do produtor para revender aos moinhos.

Para cotação FOB, a indicação é de R$ 57,00 por saca de 60 Kg, ou R$ 950,00 por tonelada. Outro motivo que mantém os moinhos fora das compras, além de estarem abastecidos e com boa parte da safra ainda por ser colhida já adquirida, é o fato de o preço da farinha não estar reagindo tanto quanto o preço do trigo. A indústria não pode comprar um trigo muito caro, em grandes volumes, sem conciliar essa operação com o preço da farinha. E, como há dúvidas sobre o câmbio e qual será a qualidade do trigo ainda por colher, estão receosos de adquirir lotes muito volumosos. No Paraná, os preços registram queda, para R$ 1.150,00 por tonelada, para entrega imediata no moinho e pagamento em 30 dias, em função do andamento da colheita.

Os produtores, entretanto, indicam R$ 1.200,00 por tonelada FOB, nos mesmos prazos e com isso não saem acordos. Na semana passada, a oferta esteve um pouco maior no norte e oeste do Paraná. As cotações estão recuando porque os moinhos estão se abastecendo, agora, com o trigo que foi comprado antecipadamente e foi pouco às compras no spot. Outro motivo para a lentidão de negócios é porque tanto a ponta compradora quanto vendedora está avaliando, neste momento, a extensão dos estragos nos trigais por causa das chuvas e geadas de agosto. Na região oeste do Paraná, foram entre sete e dez dias seguidos de chuva, o que pode ter causado um grande estrago nas lavouras. Por isso, ainda estão avaliando as perdas para voltar ao mercado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.