25/Ago/2020

A consultoria russa de pesquisa agrícola SovEcon elevou a estimativa de produção de trigo do país na safra 2020/2021 de 80,9 milhões de toneladas para 81,2 milhões de toneladas. O aumento deve-se à melhora no rendimento das lavouras que estão sendo colhidas no país. Mas, a Rússia não deve estabelecer um novo recorde este ano de mais de 85 milhões de toneladas. Se confirmada a previsão, a safra russa será 9% maior que a colheita 2019/2020, estimada em 74,5 milhões de toneladas pela consultoria. Esse é o segundo ajuste consecutivo feito pela SovEcon. Desde o fim de julho, foram adicionadas cerca de 2 milhões de toneladas nas revisões.

As estimativas já refletem bons rendimentos no Centro e no Vale do Volga. Muito em breve, o mercado vai ouvir falar de safras ruins ou muito ruins de trigo na primavera dos Urais e da Sibéria. A área plantada com trigo na Rússia na safra 2020/2021 atingiu 29,4 milhões de hectares. A revisão da consultoria veio na esteira de uma série de reajustes para cima de órgãos locais. A média de estimativas de mercado aponta para uma colheita entre 82 milhões de toneladas e 84 milhões de toneladas de cereal. Nas últimas semanas, o pessimismo em relação à nova safra de trigo da Rússia se transformou em otimismo.

O Ministério da Agricultura da Rússia prevê safra de 75 milhões de toneladas e área de 28,8 milhões de hectares. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta colheita de 78 milhões de toneladas para o país, conforme relatório de oferta e demanda global de agosto, o mais recente. Os preços do cereal russo já estão pressionados pela perspectiva de uma colheita maior. Na semana passada, os preços do trigo russo cederam 12,5%, sendo negociado a US$ 199,00 por tonelada colocada no porto. As cotações do cereal voltaram a operar abaixo de US$ 200,00 por tonelada novamente. O mercado continua pressionado pela safra na Rússia; o dólar forte ante o rublo também ajuda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.