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21/Ago/2020

Indústria eleva exportações de derivados em 2020

Segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), a exportação de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados aumentou 73% no primeiro semestre deste ano, para 71 mil toneladas, na comparação com o vendido em igual período do ano passado. No período, a indústria brasileira faturou 20% a mais com a comercialização externa dos produtos, somando US$ 85,9 milhões. Para o ano, a indústria prevê alta de 6% na receita com exportações da categoria. O crescimento das vendas foi puxado principalmente pela valorização acentuada do dólar ante o Real, de cerca de 30% no período, que torna as exportações dos alimentos mais atraentes para os fabricantes brasileiros. A meta é superar os US$ 100 milhões em exportações com previsão de crescimento anual médio de 6% no período. Para atingir este objetivo, a entidade está auxiliando os fabricantes a adequarem seus produtos para exportação, bem como possibilitando a manutenção do contato com os atuais parceiros e apresentando novos contatos para negócios a fim de ampliar as oportunidades.

O resultado positivo veio em meio à situação econômica instável do País e da alta do preço da farinha. A elevação da receita não acompanhou a alta do volume vendido em virtude do menor tíquete médio e de baixo valor agregado dos produtos exportados, alternativa dos fabricantes para dar escala e competitividade às vendas. Entre os principais destinos da categoria destacam-se Estados Unidos, Uruguai e Paraguai. Neste ano, observou-se a entrada do segmento no mercado chinês, com as exportações para o país asiático em ascensão. As medidas de isolamento social para controle do novo coronavírus, que resultaram no fechamento de restaurantes e exigiram mais refeições em casa, também contribuíram para o crescimento das vendas externas do setor, principalmente de produtos congelados e de pão de forma. Além disso, tem se observado o crescimento da demanda por fornecedores estrangeiros para atender marcas próprias principalmente de grupos varejistas em todo mundo. No Brasil, algumas categorias de alimentos tiveram aumento superior a 30% nas marcas próprias.

A venda online de produtos derivados de trigo em outros países é outro destaque do período. O setor está atento às rápidas mudanças dos hábitos de compra e consumo de alimentos em todo o mundo. Estão sendo desenvolvidos estudos de países selecionados na América Latina sobre marcas próprias e produtos congelados. Assim, é possível manter os fabricantes informados sobre as novidades que devem se manter, “o novo normal”. De janeiro a junho deste ano, a categoria de massas alimentícias foi a que mais cresceu em volume e receita, com alta de 395% para 14 mil toneladas e de 243% para US$ 12 milhões, respectivamente. O resultado foi puxado por embarques para El Salvador, Uruguai, Chile e Venezuela. O produto tem um custo baixo e por conta do momento de isolamento é um alimento com uma vida útil maior. Nesta categoria, o tipo grano duro foi o mais exportado, com 11 mil toneladas comercializadas.

As vendas externas de pães e bolos industrializados aumentaram 204% em volume, para 31 mil toneladas, enquanto o valor gerado subiu 85% frente a igual período de 2019, para US$ 29 milhões. Dentro deste segmento, as misturas para biscoitos, pães e bolos, incluindo os pães de queijo, vêm ganhando força em países como Venezuela, Uruguai, Portugal, Argentina, Bolívia, Chile, China, Estados Unidos, Japão, México e Paraguai. Esses destinos representaram mais da metade das exportações do segmento no primeiro semestre do ano, em que a subcategoria respondeu por 28 mil toneladas e US$ 22 milhões. A exportação de biscoitos somou 26 mil toneladas, gerando US$ 43 milhões em faturamento no primeiro semestre do ano. No período, os principais destinos destes produtos foram Angola, Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Cuba e Portugal. Para este segmento, a entidade não mensurou a variação do período na comparação com os seis primeiros meses de 2019. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.