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30/Jul/2020

Argentina reduz estimativa para safra 2020/2021

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a estimativa para a safra de trigo 2020/2021 da Argentina em 1 milhão de toneladas, de 21 milhões de toneladas para 20 milhões de toneladas. A atualização é atribuída à menor estimativa de área plantada com o cereal no país, que caiu de 6,5 milhões de hectares para 6,35 milhões de hectares. A revisão é referente à estimativa divulgada pelo USDA em seu relatório de oferta e demanda mundial de julho. A redução de 150 mil hectares nas lavouras do cereal deve-se ao clima seco que pode prejudicar o rendimento da cultura em algumas áreas e ao clima excessivamente úmido que atrapalhou os trabalhos de campo em outras áreas.

A previsão de safra leva em conta produtividade média de 3,06 toneladas por hectare ante estimativa de 3,2 toneladas por hectare. Devido aos preços globais elevados, o interesse do agricultor na produção de trigo é forte e espera-se que utilize boa tecnologia e altos níveis de insumos este ano. Quanto às exportações, houve corte na projeção de 14,5 milhões de toneladas para 13,4 milhões de toneladas, em virtude da menor expectativa de safra e com base nos embarques atuais. Apesar da revisão, e confirmado, o volume ainda será o segundo maior da história e maior que o comercializado na temporada atual, de 13,1 milhões de toneladas. O Brasil deve responder por aproximadamente 6 milhões de toneladas, em linha com as tendências históricas.

Além dos mercados da América do Sul, a Argentina tende a exportar volumes significativos para países do Sudeste Asiático, como Indonésia, Vietnã, Bangladesh, Tailândia e Malásia. Apesar da maior participação asiática, o Brasil continuará sendo o principal destino do cereal argentino. Os comerciantes locais acreditam que o Brasil preencherá a cota atual de importação de 1,2 milhão de toneladas com isenção de impostos para países fora do Mercosul, principalmente de trigo dos Estados Unidos, e em menor grau, da Rússia. Ainda sobre o comércio internacional, os produtores argentinos estão preocupados com a possibilidade de o governo local elevar as retenciones de trigo (imposto sobre exportação) de 12% a 15%, conforme permitido pelo Congresso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.