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27/Jul/2020

Preços firmes com a retração nas ofertas de trigo

Os negócios com trigo no mercado interno são pontuais, tanto no spot quanto para entrega futura. O volume é pequeno, com vendedores retraídos. Agora que o plantio foi concluído, os produtores têm atenção máxima no desenvolvimento do cereal. Apenas quem precisa de caixa vende neste momento. Diante da menor oferta, os preços do cereal seguem firmes.

No Paraná, na região de Campos Gerais, os vendedores indicam R$ 1.100,00 por tonelada FOB, para entrega em setembro. Há registro de negócios entre R$ 980,00 e R$ 1.050,00 por tonelada, para entrega em outubro e entre R$ 900,00 e R$ 1.000,00 por tonelada, para entrega em novembro. No físico, os moinhos indicam entre R$ 1.300,00 e R$ 1.350,00 por tonelada, para entrega imediata, sem interesse de venda.

No Rio Grande do Sul, na região da Serra gaúcha, não há indicações para entrega imediata, mas o preço médio proposto por moinhos está entre R$ 950,00 e R$ 980,00 por tonelada, para lotes colocados no Porto de Rio Grande em dezembro. Para entrega imediata, os produtores indicam entre R$ 1.150,00 e R$ 1.200,00 por tonelada, para retirada na região. Os preços pagos pelo cereal no mercado doméstico devem se manter no patamar atual até o fim de agosto, com possibilidade de alta em setembro se a safra apresentar problemas. A tendência é de que as cotações sigam fortes mesmo com a entrada da nova safra, porque o consumo tende a continuar crescendo.

No campo, os produtores brasileiros seguem atentos ao clima nos próximos dias, que pode influenciar nas condições das lavouras. Segundo a Somar Meteorologia, uma nova frente fria avançou pela Região Sul no final de semana, provocando chuvas. A previsão é de continuidade das precipitações com queda das temperaturas e condição para geada em alguns pontos do Sul.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), no Paraná, principal Estado produtor, o plantio foi concluído. A maior parte das lavouras, 62%, se encontra em desenvolvimento vegetativo e 90% estão em boas condições, enquanto 8% da área apresenta condição média e 2% está ruim.

Segundo a Emater-RS, no Rio Grande do Sul, a semeadura do trigo está praticamente concluída. O predomínio de tempo seco e dias ensolarados na semana passada permitiu avanços no plantio, além de possibilitar a recuperação no desenvolvimento das lavouras e a realização de tratos culturais. A maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo com bom estande de plantas.

Na Argentina, principal fornecedor de trigo ao Brasil, as condições climáticas também preocupam produtores. Chuvas fortes e concentradas sobre a região agrícola dificultam o fim do plantio do cereal da safra 2020/2021 no sul da região agrícola, enquanto o déficit hídrico compromete o rendimento dos primeiros lotes semeados no centro e norte da área agrícola, alerta a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

A entidade calcula que 94% da área estimada de 6,5 milhões de hectares já foram implantados. Cerca de 20% do cereal apresenta condição entre regular e ruim em virtude da ausência de chuvas nas semanas anteriores, enquanto 58% das lavouras têm condição normal e 22%, excelente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.