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20/Jul/2020

Falta de acordo sobre preços limita comercialização

A comercialização de trigo evolui pouco no mercado interno. Os produtores estão retraídos, desestimulados pelos valores oferecidos pela indústria. Operadores relatam que apenas contratos pontuais são efetivados tanto para entrega imediata quanto para entrega futura. Os preços seguem sustentados e devem se manter assim até meados de setembro, quando a safra nacional começa a ser colhida. A tendência é que as cotações sigam fortes mesmo com a entrada da nova safra, porque os moinhos estão com estoques praticamente zerados e o consumo tende a continuar crescendo. No Paraná, mesmo com o nível remunerador do cereal, o produtor tem segurado a oferta dos lotes à espera de preços ainda mais atraentes. Os produtores que estão capitalizados e os que têm condições de estoque preferem aguardar novas altas, apesar de o produto já estar mais valorizado que na safra passada. Alguns produtores calculam que podem receber até R$ 1.100,00 por tonelada FOB.

Na região de Campos Gerais, lotes para entrega em setembro estão cotados a R$ 1.100,00 por tonelada colocada no moinho; entre R$ 980,00 e R$ 1.000,00 por tonelada, para entrega em outubro; e R$ 950,00 por tonelada, para entrega em novembro. Há regiões que têm vendas mais antecipadas, outras em ritmo mais lento, como o norte e oeste do Estado. No físico, os moinhos indicam entre R$ 1.300,00 e R$ 1.350,00 por tonelada, para entrega imediata, sem interesse de venda. Há apenas volume remanescente da safra passada. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, a disputa em relação aos preços também trava a negociação. Embora os moinhos tenham voltado a sinalizar disposição de compra, há poucos vendedores no mercado. Os produtores também têm pouco trigo disponível.

No Rio Grande do Sul, as cotações do cereal indicadas por moinhos variam entre R$ 1.150,00 e R$ 1.200,00 por tonelada FOB, para entrega imediata com pagamento em 30 dias. Enquanto isso, os vendedores mantêm a indicação de R$ 1.300,00 por tonelada. No Porto de Rio Grande, os compradores indicam entre R$ 930,00 e R$ 940,00 por tonelada CIF, mas os produtores indicam R$ 1.200,00 por tonelada, para embarque imediato. Nos últimos sete dias, não são vistas indicações para comercialização do cereal da próxima safra. Os compradores já vinham travando volumes expressivos meses atrás, se antecipando. Como já ocorreram muitos negócios para os últimos meses do ano, os moinhos estão mais tranquilos. Os produtores continuam aguardando o clima se estabelecer para terem mais segurança quanto à comercialização da safra futura. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.