17/Jul/2020

Os contratos futuros de trigo negociados na Bolsa de Chicago operam no maior nível dos últimos três meses. Na quarta-feira (15/07), o trigo para setembro avançou 24,00 cents (4,56%) e fechou a US$ 5,50 por bushel. Embora não houvesse notícias específicas, parece que relatórios não confirmados sobre compras de trigo na China deram origem a esperanças de demanda adicional. Esse otimismo dos traders foi impulsionado por elevadas compras de milho na China nos últimos dias, juntamente com uma série de pedidos de soja e dois pedidos de trigo duro na semana passada.

A mais recente onda de compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos é a maneira de a China sinalizar sua determinação em manter a primeira fase do acordo comercial assinado no início do ano em funcionamento, apesar das atuais tensões com os Estados Unidos. No acordo, o governo chinês prometeu aumentar massivamente suas compras de commodities norte-americanas em 2020 e 2021.

Um volume de US$ 36,5 bilhões está previsto para este ano, embora apenas US$ 6 bilhões tenham sido alcançados até o fim de maio. Ainda há um longo caminho a percorrer, dadas as muitas áreas de conflito entre os dois países. Além das compras chinesas, as revisões nas estimativas para as safras de trigo de países da União Europeia (UE) e da Rússia também contribuem para a alta das cotações do cereal.

Na União Europeia (UE), relatos de menor produtividade empurram as estimativas de produção para baixo e impulsionam os preços do cereal local. Os rendimentos decepcionantes das colheitas estão sendo relatados na França, particularmente no oeste do país, enquanto a Cooperativa Alemã de Agricultores (DRV) confirmou ontem sua expectativa de uma menor safra de trigo na Alemanha. A cooperativa cortou a previsão de safra alemã para 22,46 milhões de toneladas, 2,6% a menos que o colhido na temporada 2019/2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.