17/Jul/2020

Os preços dos futuros do trigo podem continuar com viés altista nos próximos meses na Bolsa de Chicago. O movimento é atribuído ao aperto na oferta dos principais países exportadores da safra 2020/2021. Ressalta-se o recuo no excedente exportável da região do Mar Negro e da União Europeia (UE) de 13 milhões de toneladas entre as safras 2020/21 e a temporada 2019/20, de 93,5 milhões de toneladas para 80,5 milhões de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Refletindo uma queda potencial de, aproximadamente, 13,4% nos embarques desses países (União Europeia, Ucrânia e Rússia). Também há perspectiva de as exportações da Austrália entrarem no mercado somente no início de 2021 e menores embarques do Estados Unidos. Portanto, embora pareça provável um aumento na oferta global de trigo, é aparente que o mercado de exportação deve ficar mais restrito, o que pode ser um fator altista nos próximos meses. Esse contexto pode contribuir para a diversificação dos destinos das vendas externas da Argentina, especialmente entre os países asiáticos.

No Brasil, os preços devem se manter em níveis elevados até pelo menos meados de setembro, em virtude dos estoques de passagem em níveis historicamente baixos e da valorização do dólar ante o Real. O cenário para a safra brasileira se mantém otimista, com preços atrativos e condições climáticas favoráveis. Contudo, apesar do aumento da oferta doméstica, as importações devem se manter em patamares bastante elevados diante dos baixos estoques e amplo consumo doméstico. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.