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10/Jul/2020

Argentina reduz estimativa para safra 2020/2021

Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, a safra de trigo 2020/2021 da Argentina deve atingir de 18 milhões de toneladas a 19 milhões de toneladas. A nova estimativa representa um corte de 3 milhões de toneladas ante a previsão anterior, de colheita entre 21 milhões de toneladas e 22 milhões de toneladas. A redução na safra deve-se à queda na produtividade observada nos lotes já semeados e da menor área plantada. Ambas as condições ocorrem em virtude da falta de chuvas na área agrícola do país que deixou os solos em estresse hídrico. Passar pelo resto de julho e agosto, os meses mais secos do ano, nessas condições, será um grande desafio para a safra.

Se nenhuma chuva significativa ocorrer neste período, mais de 200 mil hectares de trigo podem ser perdidos por causa da seca. Até o início de maio, a Bolsa de Rosário projetava que as lavouras de trigo cobrissem 7 milhões de hectares no ciclo 2020/2021. Agora, a estimativa de área plantada é de 6,6 milhões de hectares, mas pondera que a área pode cair ainda mais. A semeadura ficaria limitada em 6,6 milhões de hectares no melhor cenário. Se não chover em 50 dias, os produtores podem perder mais de 200 mil hectares de lavouras de trigo. Ainda faltam ser plantados 1,3 milhão de hectares do cereal. Outro problema que afeta a safra tritícola argentina é a falta de fertilização.

Exceto as províncias de Buenos Aires e Entre Ríos, a maior parte da área semeada foi instalada sem aplicação de adubos nitrogenados. Este é outro fator que prejudica o potencial de rendimento. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio de trigo da safra 2020/2021 alcançou 86,8% da área prevista, um avanço de 7,7% ante a semana anterior e de 1,1% em relação à época correspondente do ano passado. Os trabalhos de campo foram acelerados nas áreas em que o solo apresenta umidade adequada. A contínua falta de chuvas sobre a área oeste do país compromete a semeadura nos lotes que ainda faltam. Caso a situação persista, a área semeada com trigo pode ser menor do que a estimada atualmente, de 6,5 milhões de hectares. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.