ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

07/Jul/2020

UE tem preços competitivos na exportação de trigo

As exportações de trigo da União Europeia (UE) continuam em nível elevado. O bloco mantém até o momento a competitividade na venda externa do cereal ante seus principais concorrentes, como os exportadores da região do Mar Negro. O volume expressivo das exportações de trigo pelo bloco foi originado especialmente na França. Depois que números altos foram novamente relatados para junho, fica claro que na safra 2019/2020 a França exportou mais trigo soft para países de fora do bloco (13,4 milhões de toneladas).

No entanto, existe uma concorrência crescente com a proximidade da colheita da safra 2020/2021 da Rússia. Embora o atraso no início da colheita signifique que pouco trigo provavelmente será exportado da Rússia em julho, é provável que as exportações acelerem o ritmo no outono. Há muitas indicações de que a Rússia será o maior exportador novamente em 2020/2021. Apesar da produção russa não ser tão robusta quanto inicialmente se esperava, as lavouras apresentam melhores condições do que em igual período do ano passado. A projeção é que as exportações de trigo da Rússia atinjam 36 milhões de toneladas na safra 2020/2021.

É provável que estes sejam exportados principalmente na primeira metade da temporada. A safra da União Europeia (UE) na temporada 2020/2021 deve ficar 10% abaixo do total da temporada anterior e até 12% menor na França, principal exportador do cereal do bloco. Após 34 milhões de toneladas exportadas na safra 2019/2020, apenas 25 milhões de toneladas de trigo soft devem ser embarcadas pelos 27 países da UE na temporada 2020/2021 que está apenas começando, com previsão de 26,3 milhões de toneladas de trigo ao todo. Não está afastada uma política de restrições das exportações pelo governo russo.

A Rússia já está preparando o mercado para a possibilidade de restringir as vendas externas de grãos partir de dezembro, se for considerado necessário manter um suprimento interno suficiente. Isso poderia beneficiar as exportações da União Europeia, embora seja uma conclusão precipitada, uma vez que a nova safra da Austrália provavelmente venderá bem no início de 2021. A Austrália deve colher 70% a mais de grão na safra 2020/2021, no total de 26 milhões de toneladas e grande parte desse volume deve ser direcionado à exportação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.