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06/Jul/2020

Preços e clima favoráveis elevarão a área de trigo

O plantio de trigo em andamento nas principais regiões produtoras do País progride sem a ocorrência de problemas expressivos. O desenvolvimento da safra e os modelos climáticos dos próximos meses apontam para uma boa colheita. Esse cenário somado aos preços remuneradores anima os produtores que enfrentaram uma série de produções frustradas. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), os trabalhos de campo entram na fase final no Paraná, com 94% da área estimada semeada até o dia 29 de junho. O resultado mostra que os trabalhos de campo estão em linha com o observado em igual período do ano passado, apenas 2% atrás, e na média das quatro temporadas anteriores.

Chuvas adequadas seguidas por períodos de sol e boas condições climáticas possibilitaram o andamento normal do plantio. Do total plantado no Paraná, 89% encontra-se em boa condição, 9% em condição considerada média e 2% em condição ruim. A maior parte das lavouras, 84%, está em desenvolvimento vegetativo. Até o momento, apenas problemas pontuais foram relatados na região norte do Estado. As demais regiões estão em ótimas condições de progresso. Confirmadas as intenções de plantio, a área semeada com o produto deve crescer 10% no Paraná, para 1,13 milhão de hectares. A estimativa é de colheita de 3,7 milhões de toneladas de trigo no Paraná.

Segundo a Emater-RS, no Rio Grande do Sul, 87% da área estimada foi plantada, em linha com o reportado em igual período do ano passado. Mais de 90% das lavouras encontram-se em germinação e desenvolvimento vegetativo. Por enquanto, as condições foram favoráveis. Não há nenhum tipo de problema relatado e as plantas crescem bem. A semeadura deve se estender até o fim do mês no Estado. Confirmadas as intenções de plantio, a área semeada com o produto deve 20% no Rio Grande do Sul, para 915,7 mil hectares. A estimativa é de colheita de 2,189 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul.

As perspectivas climáticas positivas, que preveem inverno rigoroso com chuvas moderadas e baixas temperaturas na Região Sul, tendem a favorecer a evolução adequada da safra. No entanto, a possibilidade de ocorrência de geadas e de ventos fortes durante o espigamento e a frutificação do cereal (cerca de 50 dias após o plantio) preocupa o setor produtivo. A geada pode queimar lavouras e as rajadas de vento podem derrubar as plantas. É um risco que o produtor administra todo ano e continua propenso a ele. Se esses fenômenos ocorrerem dentro das fases germinativas não são prejudiciais. Em ambos os Estados, não foram relatados prejuízos nas lavouras ou atraso nos trabalhos de campo em decorrências das chuvas, baixas temperaturas e rajadas de vento observadas na semana passada.

A comercialização antecipada da safra está adiantada em relação às temporadas anteriores na Região Sul. O Paraná já vendeu 10% do volume que ainda será colhido. No Rio Grande do Sul, calcula-se que cerca de 1 milhão de toneladas já tenham sido comercializadas antecipadamente para o mercado externo. Na ausência de cereal disponível para negociação imediata, os valores dos lotes para entrega futura estão sustentados. No Paraná, na região dos Campos Gerais, há registro de negócios a R$ 1.100,00 por tonelada FOB, para entrega em setembro. No Rio Grande do Sul, há registro de negócios a R$ 1.000,00 por tonelada colocada no Porto de Rio Grande, para entrega em novembro. O preço firme é o motivo destacado como a razão dos produtores, tradicionalmente resistentes à esta modalidade, optarem por vender volume expressivo antecipadamente na safra 2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.