29/Jun/2020

Os negócios com trigo da próxima safra, a ser colhida no segundo semestre, evoluem pouco. O ritmo de vendas está reduzido com maior precaução dos produtores, já que tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul, principais produtores, a comercialização antecipada foi expressiva. Como o trigo é uma cultura de risco, pelas características climáticas do inverno, a tendência é de que administrem as vendas a partir de agora. No Paraná, a ausência do vendedor das negociações eleva os preços do cereal. Lotes do mesmo tipo de cereal que rodaram a R$ 1.000,00 por tonelada, para entrega em setembro na semana anterior, são efetuados a R$ 1.050,00 por tonelada atualmente. Os vendedores estão retraídos, com receio das condições climáticas. Na região de Campos Gerais, os negócios no spot estão parados, pois não tem mais cereal disponível. A indicação de compra está entre R$ 1.250 e R$ 1.300 por tonelada para entrega imediata, mas não há oferta.

No Rio Grande do Sul, a comercialização futura também é lenta, com produtores receosos quanto ao desenvolvimento das lavouras. Nestes últimos dias, produtores estão focados nas notícias sobre a nuvem de gafanhotos que poderia chegar no Estado pela fronteira com a Argentina. Agora, a preocupação está amenizando. No Estado, os moinhos indicam R$ 1.000,00 por tonelada, para entrega em novembro no Porto de Rio Grande, mas há pouco interesse de venda. No spot, há registro de negócios pontuais a R$ 1.200,00 por tonelada FOB Passo Fundo. Até o momento o clima tem sido favorável ao desenvolvimento das lavouras. Para os próximos dias uma frente fria deve baixar temperaturas na Região Sul do Brasil. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), 89% da área estimada está plantada no Paraná. Segundo a Emater-RS, no Rio Grande do Sul, o plantio do cereal atinge 74% da área prevista. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.