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15/Jun/2020

Indústria espera elevar vendas externas em 2020

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), a indústria brasileira de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados espera faturar entre 5% a 10% a mais em exportações neste ano na comparação com o reportado no ano passado, de US$ 111,07 milhões. A estimativa está em linha com o incremento de 8% na receita das vendas externas destes produtos entre janeiro e abril, de US$ 50,2 milhões. Em volume, as exportações da categoria devem superar em 15% a 20% o total vendido ao exterior no ano passado, de 51,7 mil toneladas. No primeiro quadrimestre, as vendas externas dos alimentos somaram 38,1 mil toneladas, alta de 49%. O crescimento observado no primeiro quadrimestre, embora em menor ritmo, deve continuar sustentado até o fim do ano.

A partir de julho, o nível de comercialização tende a se normalizar com os consumidores externos com menor receio quanto a um possível desabastecimento em decorrência dos bloqueios para controle da Covid-19. Apesar da contribuição das medidas de isolamento social para aumento da demanda externa da categoria, é o dólar acima de R$ 5,00 que vai puxar o incremento anual. Mesmo que o processo de retração em todo o mundo possa afetar os negócios, o setor alimentício deve continuar firme, apoiado pela variação cambial favorável às exportações. No mundo pós-pandemia, o mercado internacional de consumo tende a privilegiar fornecedores com reconhecida segurança alimentar. Essa é mais uma vantagem competitiva dos produtos brasileiros.

A melhora no desempenho externo do setor deve ser impulsionada pelo segmento de biscoitos, que tem maior valor agregado e maior consumo no segundo semestre do ano, e pelos alimentos cujas vendas externas já despontaram em meio à pandemia, como os congelados e o pão de forma. Os dois últimos se fortaleceram nesse período de crise, conquistaram os consumidores e tendem a continuar crescendo até o fim do ano. Grande importadora de commodities brasileiras, a China tem aumentado também sua participação na compra de alimentos prontos do País, caso dos biscoitos, massas, pães e bolos industrializados. E no China que os fabricantes apostam para um crescimento contínuo das exportações do setor. Somente o importado pelo país asiático no primeiro quadrimestre deste ano, de US$ 250 mil e 70 toneladas, superou o acumulado comercializado pela indústria de alimentos brasileiras à China em todo o ano de 2019.

O resultado decorre da imagem conquistada pelo Brasil como fornecedor seguro ao país asiático e ao trabalho de intensificação de relacionamento feito pela indústria com os compradores chineses há pelo menos três anos. Cada vez mais o fluxo comercial entre Brasil e China com a comercialização de commodities favorece o fluxo comercial de alimentos processados. A participação no mercado asiático é um processo em evolução e a passos lentos, mas fato de o mercado chinês estar em processo de abertura à entrada de alimentos ocidentais facilita o acesso dos produtos brasileiros derivados de farinha e na consolidação destes hábitos de consumo. Os chineses ainda têm um apego às marcas locais, mas já estão buscando conhecer outros produtos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.