14/Mai/2020

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) espera um aumento na produção de trigo dos maiores países exportadores globais do cereal na safra 2020/2021, conforme dados divulgados no dia 12 de maio no seu relatório mensal de oferta e demanda mundial. Para a próxima temporada 2020/2021, a projeção de oferta global é de 768,49 milhões de toneladas, ante colheita de 764,32 milhões de toneladas da safra 2019/2020. A Rússia deva colher 77 milhões de toneladas no ciclo 2020/2021 ante produção de 73,61 milhões de toneladas da safra 2019/2020. Com isso, o país deve exportar 35 milhões de toneladas do cereal ante 33,5 milhões de toneladas da temporada atual. Ainda na região do Mar Negro, a estimativa é de menor colheita do cereal na Ucrânia de 28 milhões de toneladas na safra 2020/2021 em comparação com 29,17 milhões de toneladas produzidas na safra 2019/2020.

As vendas externas do país devem passar de 20,5 milhões de toneladas do ciclo atual para 19 milhões de toneladas da próxima temporada. Entre os principais exportadores do cereal, a Argentina deve colher 21 milhões de toneladas na safra 2020/2021 ante 19,5 milhões de toneladas no ciclo atual. As exportações do país tendem a ser elevadas em 1 milhão de toneladas, passando de 13,5 milhões de toneladas na safra atual para 14,5 milhões de toneladas na temporada 2020/2021. A Austrália, onde as lavouras do cereal foram prejudicadas por uma seca severa nesta safra, deve recuperar a produção para 24 milhões de toneladas em relação aos 15,2 milhões de toneladas colhidos na safra 2019/2020. O país deve comercializar 15 milhões de toneladas para o mercado externo na próxima temporada, ante 8,20 milhões de toneladas exportadas no ciclo atual. Os Estados Unidos e a União Europeia (UE), também grandes exportadores de trigo, devem registrar menor produção na próxima safra.

A colheita norte-americana está estimada em 50,78 milhões de toneladas e exportação de 25,86 milhões de toneladas no ciclo 2020/2921, enquanto produziu 52,26 milhões de toneladas e deve vender 26,40 milhões de toneladas ao mercado internacional na temporada 2019/2020. A produção da União Europeia (UE) deve passar dos atuais 154,78 milhões de toneladas para 143 milhões de toneladas na próxima temporada. O bloco deve exportar volume de 28 milhões de toneladas, 7 milhões de toneladas a menos que os 35 milhões de toneladas comercializados no ciclo 2019/2020. Do lado dos principais importadores de trigo, o Brasil deve adquirir 7,10 milhões de toneladas no ano comercial 2020/2021, ante importação de 7,20 milhões de toneladas na safra 2019/2020. A produção do País deve crescer marginalmente dos 5,20 milhões de toneladas colhidas na última temporada para 5,50 milhões de toneladas a serem produzidas no próximo ciclo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.