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24/Abr/2020

Argentina: safra pode ser recorde em 2020/2021

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a safra de trigo 2020/2021 da Argentina será recorde de 20,2 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume representará incremento de 5% ante o colhido na temporada 2019/2020, de 19,3 milhões de toneladas. A safra 2020/2021 começa a ser plantada em maio no país. A previsão leva em conta produtividade média de 3 toneladas por hectare. Apesar de um alto nível de incerteza, dada a crise da Covid-19 e a volatilidade do mercado mundial, os agricultores argentinos devem expandir a área de trigo para 6,53 milhões de hectares, 2% acima do semeado na safra anterior e a maior área nos últimos 13 anos.

A umidade adequada do solo e a abundância de sementes de alta qualidade são fatores que incentivam a expansão de área, além da alta rentabilidade da safra 2019/2020 em virtude dos preços firmes do cereal. Apesar da alta do imposto sobre exportação de trigo (9,3% em abril de 2019 versus os atuais 12%) e do aumento dos custos de produção, ainda assim a safra deve gerar retornos positivos. Quanto às exportações, a projeção é de que o país deve comercializar 13,4 milhões de toneladas para o mercado internacional. Se confirmado, o volume será o segundo maior da história e 0,75% maior que o embarcado na temporada atual, de 13,3 milhões de toneladas. O Brasil será o principal destino, com aproximadamente 50% do total das exportações, seguido pelo Sudeste Asiático, pelos países do norte da África e da América do Sul.

Em geral, a Argentina exporta entre 400 mil e 500 mil toneladas de trigo em grão para o Brasil por mês e entre 20 a 30 mil toneladas de farinha de trigo. O consumo doméstico do cereal na Argentina deve atingir 6,2 milhões de toneladas na temporada 2020/2021, volume menor que os 6,3 milhões de toneladas esperados para a safra 2019/2020. No ciclo atual, a demanda interna foi aquecida pelo aumento no uso caseiro dos derivados de trigo, em virtude das medidas de isolamento social para controle da pandemia do novo coronavírus. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.