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22/Abr/2020

Tendência de alta do trigo com baixa oferta interna

Além do Paraná e do Rio Grande do Sul, agora, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais também registram negócios envolvendo o trigo acima de R$ 1.000,00 por tonelada no mercado disponível. Em todos esses casos, os valores são recordes nominais das respectivas séries do Cepea. A sustentação segue vindo da baixa oferta doméstica. Vale lembrar que, no Rio Grande do Sul, especificamente, as culturas de verão foram prejudicadas pela seca. No Paraná, o cereal é comercializado por volta de R$ 1.170,00 por tonelada e no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, em torno de R$ 1.030,00 por tonelada. Em São Paulo e em Minas Gerais, o preço do trigo se aproxima de R$ 1.200,00 por tonelada.

Nos últimos sete dias, no mercado de balcão (valor pago ao produtor), os valores registram alta de 2,33% no Rio Grande do Sul, 1,1% Paraná e de 0,6% em Santa Catarina. No mercado de lotes (negociação entre empresas), os avanços são de 3,4% no Rio Grande do Sul, de 2,8% no Paraná e de 0,8% em São Paulo. Já em Santa Catarina, as cotações recuaram 2,8%. As importações, por sua vez, seguem encarecidas, devido ao dólar em patamar recorde nominal. Na última semana, a moeda norte-americana operou acima de R$ 5,20. Segundo o Ministério da Agroindústria da Argentina, os valores FOB no Porto de Buenos Aires registram recuo de 0,8% nos últimos sete dias, a US$ 244,00 por tonelada.

Nos Estados Unidos, o contrato de vencimento Maio/2020 do Soft Red Winter apresenta baixa de 4,1% nos últimos sete dias, a US$ 5,33 por bushel (US$ 196,03 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, para o contrato de mesmo vencimento, o trigo Hard Winter registra desvalorização de 2,7%, a US$ 4,78 por bushel (US$ 175,91 por tonelada) no mesmo comparativo. A pressão vem dos impactos da pandemia de coronavírus. Quanto à demanda, informações da agência estatal de grãos do Egito (Gasc) mostram que o país comprou 180 mil toneladas de trigo francês e 60 mil toneladas de trigo russo. Destaca-se que o Egito é o maior comprador mundial de trigo. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.