ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

24/Mar/2020

Migração do trigo de food service a supermercados

Segundo o Sindicato da Indústria do Trigo do Estado (Sindustrigo), os moinhos do estado de São Paulo seguem com produção e comercialização normal em meio à pandemia de coronavírus, pelo menos enquanto não houver restrições logísticas nos transportes rodoviário e portuário. As perspectivas para o setor, até o momento, são de um possível abalo na demanda por food service, que deve ser compensada pelo aumento no consumo de origem industrial, nas prateleiras dos supermercados. O que vai acontecer é uma migração de segmentos. Os moinhos que podem ser mais afetados são os que estão focados em atender aos clientes de food service, como restaurantes, bares e padarias, por exemplo.

A manutenção de estoques mais longos visando a evitar possíveis problemas de abastecimento fará com que, no curto prazo, o setor não seja tão abalado pela disseminação da doença. Esse armazenamento favorece o setor em caso de um eventual aumento na demanda por uma maior procura da população por alimentos básicos, como pão e massas. Os moinhos mais bem estruturados têm essa preocupação de ter um bom armazenamento. No longo prazo, a preocupação está do lado da logística, ainda não foi identificado nenhuma interrupção no fluxo da cadeia produtiva. A circulação de caminhões vindo do interior e o funcionamento de transportadores continuam normais, embora algumas tenham enfrentado alguma dificuldade pontual por causa da necessidade de afastar motoristas com mais idade, que se enquadram em grupos de risco.

As operações portuárias também não apresentam nenhuma restrição, até mesmo no que tange a Argentina, em que os prazos de entrega do que já foi negociado se mantêm, que acrescenta que o setor vem recebendo atualizações diárias da Secretaria de Agricultura do Estado sobre logística. Os moinhos de São Paulo já implementaram as medidas sanitárias recomendadas pelo Ministério da Saúde, com o afastamento dos funcionários que se enquadram em grupos de risco, além da redução das equipes para a quantidade mínima de funcionários necessária para manter as atividades. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.