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09/Mar/2020

Negociação lenta de trigo com preços divergentes

A comercialização de novos contratos de trigo no mercado doméstico avança pontualmente. Enquanto os moinhos estão retraídos diante da alta nas cotações ante a semana anterior e sem necessidade do produto imediato, os vendedores voltam suas atenções para outras culturas, como milho e soja, sem demonstrarem forte interesse na negociação do cereal. No Rio Grande do Sul, compradores e vendedores negociam poucos volumes a preços um pouco mais altos do que a semana anterior, mas liquidez do mercado é baixa. Na região das Missões, há registro de negócios a R$ 870,00 por tonelada FOB, para retirada imediata e pagamento entre 28 e 30 dias. Para retirada em abril, o preço é de R$ 900,00 por tonelada FOB, para os mesmos prazos de pagamento. Na região norte do Estado, entretanto, há registro de negócios a R$ 930,00 por tonelada FOB, para retirada imediata e pagamento até o início de abril.

Quanto à negociação dos contratos futuros, a comercialização está mais aquecida. No Rio Grande do Sul, há registro de negócios a R$ 770,00 por tonelada FOB, para retirada em outubro, preço R$ 20,00 por tonelada mais alto ante a semana anterior. No Paraná, tanto na região dos Campos Gerais, bem como no oeste do Estado, o mercado é lento. Há disparidade entre os preços indicados por produtores e moinhos, principalmente para ver quem paga o frete. E essa conta só fecha quando um lado precisa muito e acaba cedendo. Os moinhos indicam R$ 1.050,00 por tonelada CIF, para entrega imediata e pagamento até abril e os vendedores indicam pelo menos R$ 1.100,00 por tonelada FOB. Com os moinhos já abastecidos com cereal obtido a preços menores, a movimentação no Estado está travada até o momento.

Além disso, a venda das farinhas não está remunerando o preço de R$ 1.100,00 por tonelada, já que a demanda pelo produto está retraída após compradores terem negociado bons volumes em dezembro e janeiro. Os vendedores, por outro lado, se concentram no plantio do milho 2ª safra 2020 e na colheita e negociação da soja, e não fazem pressão de venda. A tendência é de que os preços se mantenham estáveis até o final de abril, quando os compradores de farinha devem retornar ao mercado aceitando pagar preços maiores e, consequentemente, tornando as negociações entre moinhos e produtores mais viáveis. Quanto à negociação dos contratos futuros, a comercialização também está mais aquecida. Há registro de negócios a R$ 900,00 por tonelada FOB, para retirada em setembro com pagamento em outubro ou retirada em outubro e pagamento em novembro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.