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13/Jan/2020

Preços do trigo em grãos firmes com menor oferta

Os preços do trigo no mercado nacional voltaram a subir nos últimos sete dias, com a diminuição da oferta. Até então, as cotações do cereal vinham estáveis, em virtude do recesso de fim de ano de grande parte da indústria moageira. Operadores relatam que a alta nos preços reflete a combinação de demanda pontual dos moinhos e a proximidade da entressafra nacional. No Paraná, apesar da comercialização ser pontual, o preço médio dos negócios subiu em torno de R$ 20,00 por tonelada. Na região de Campos Gerais, há registro de negócios a R$ 920,00 por tonelada FOB, para entrega imediata e pagamento em 30 dias.

Na última semana de dezembro, nas mesmas condições, contratos eram fechados entre R$ 890,00 e R$ 900,00 por tonelada. Os volumes ainda são baixos, de 3 a 4 mil toneladas, já que fábricas demandam apenas cargas para reposição e os produtores estão focados no cumprimento de contratos fechados anteriormente. Os compradores querem se abastecer agora, já que com o início da colheita de milho e soja entre o final de fevereiro e início de março a logística fica mais cara e mais demorada.

No Rio Grande do Sul, o fluxo de negócios no spot evolui bem. Na região de Lagoa Vermelha, há registro de negócios a R$ 830,00 por tonelada, para entrega imediata CIF e pagamento em 30 dias. O valor é R$ 30,00 por tonelada superior ao preço médio observado no fim de dezembro no Estado. A alta do preço deve-se ao número baixo de ofertas. Os produtores têm estoques baixos e estão voltados para a preparação da colheita de milho. Os moinhos que estão comprando no momento se abastecem pensando em alongamento de reservas.

Grandes volumes de importações chegam no Porto de Paranaguá (PR). A previsão é de que 28.390 toneladas do cereal argentino desembarquem nesta terça-feira (14/01), ao valor de US$ 230,00 por tonelada. Trata-se de contatos fechados anteriormente à implantação de retenciones na Argentina e, por isso, os preços se mantêm desde o fim do ano passado. A expectativa do mercado é de que por causa das retenciones os preços do trigo subam a partir de meados de março. Os moinhos brasileiros são grandes consumidores do trigo argentino para complementar a oferta do cereal nacional. Por enquanto, as retenciones impostas são de 12%, mas o governo argentino propôs ao Congresso um aumento de 15%.

Diferentemente do movimento no Paraná, as importações de trigo no Rio Grande do Sul estão quase paradas. Os compradores têm dado preferência ao mercado interno em virtude do preço mais competitivo. No Estado, o cereal argentino chega a aproximadamente US$ 240,00 por tonelada, para entrega em janeiro e a US$ 250,00 por tonelada para entrega em fevereiro. A quebra na produção da Argentina também deve ajudar a sustentar os preços do cereal importado. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires estima colheita de 18,8 milhões de toneladas, ante estimativa inicial de 21 milhões de toneladas. Até o dia 9 de janeiro, 95,5% das lavouras do país já haviam sido colhidas registrando atraso em relação ao mesmo período da safra passada. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.