11/Nov/2019
Os moinhos brasileiros importaram 112,7 mil toneladas a mais de trigo em outubro deste ano na comparação com igual mês do ano passado. O volume total, de 607,1 mil toneladas, é 22,7% superior ao reportado em outubro de 2018, de 494,4 mil toneladas. O aumento das compras de cereal externo deve-se, em parte, à perspectiva de uma menor safra nacional com quebra na produção paranaense e entressafra gaúcha. O valor desembolsado com o produto do exterior avançou 16,6%. Em outubro deste ano, a indústria gastou US$ 138,6 milhões com a aquisição do cereal. Entre as origens, a Argentina segue liderando as importações, com 387,1 mil toneladas. Estados Unidos, Paraguai, Rússia, Líbano e Uruguai também venderam trigo para o Brasil no mês de outubro. Neste ano, as novidades são a aquisição de cereal russo, libanês e uruguaio.
No acumulado do ano, de janeiro a outubro, a indústria moageira nacional importou 5,478 milhões de toneladas, 3,4% a menos que o adquirido do mercado externo em igual intervalo de 2018, de 5,670 milhões de toneladas. Do volume total importado, 4,534 milhões de toneladas foram compradas da Argentina. No período, moinhos desembolsaram 2,3% a mais que em igual intervalo do ano anterior, gastando US$ 1,269 bilhão com a aquisição do cereal externo. No mercado interno, os traders seguem monitorando o real tamanho e a qualidade da safra disponível. Somente negócios pontuais são registrados com produtores e moinhos agindo com cautela, ainda verificando o real tamanho e a qualidade da produção brasileira e, assim, definir o preço e volume das propostas. No Paraná, a colheita atingiu 92% da área. Das lavouras ainda a serem colhidas, 83% tinham condição boa, 16% condição média e 1% condição ruim.
Já no Rio Grande do Sul, 33% da área plantada ainda precisa ser colhida. No Estado, contudo, o excesso de umidade, com chuvas contínuas, preocupa produtores. As lavouras colhidas ainda apresentam boa produtividade, mas com perda de qualidade. A produtividade média das lavouras colhidas até o momento está acima de 50 sacas de 60 Kg por hectare. Em São Paulo, apesar da instabilidade climática, os triticultores esperam uma colheita de 260 mil toneladas do grão em seus 70 mil hectares plantados, 18% a mais que a previsão anterior. Há preocupação das cooperativas com as condições climáticas e os seus efeitos na produção, mas as geadas e as secas não afetaram a cultura. No Estado, os trabalhos de campo estão praticamente finalizados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.