21/Out/2019
A comercialização de trigo no mercado interno está mais lenta. A estabilidade dos preços não anima os produtores a efetivar novos negócios no spot, enquanto a indústria moageira aguarda o fim da colheita para avaliar a oferta disponível do cereal. O Paraná colheu 79% da área plantada, enquanto em São Paulo o volume chega próximo a 90%. No Rio Grande do Sul, onde os trabalhos se iniciam mais tarde, 7% das lavouras do cereal foram colhidos. No Paraná, na região de Ponta Grossa, há registro de negócios entre R$ 830,00 e R$ 850,00 por tonelada, para entrega em 30 dias em moinho da região de Curitiba, valor estável nas últimas semanas.
No Rio Grande do Sul, os preços também estão estáveis. Na região da Serra Gaúcha, há registro de negócios a R$ 750,00 por tonelada a ser colocada no Porto de Rio Grande, para entrega prevista em 30 dias. Em São Paulo, o valor médio ficou em R$ 860,00 por tonelada, para retirada em novembro na região de Itapeva e Itararé. No Paraná, os produtores estão retraídos, à espera de preços mais altos, com a perspectiva de menor safra nacional. Os moinhos do Paraná têm buscado trigo no Rio Grande do Sul, em virtude da diferença de preço do cereal entre os dois Estados. Esse movimento ajudou a sustentar a cotação do preço regional. Há trigo disponível somente da região das Missões. Então, a comercialização não tem avançado muito. Os moinhos de São Paulo têm procurado realizar contratos fechados anteriormente e estão voltados a receber carregamentos de cereal importado, descarregado da Argentina no Porto de Santos (SP).
Embora a colheita já tenha sido praticamente finalizada, com a baixa procura da indústria, os preços continuam no mesmo patamar de duas semanas atrás. A comercialização no mercado de São Paulo também está mais intensificada para embarques a médio e longo prazos, em meados de novembro e dezembro. A demanda por cereal será acentuada daqui para a frente, em virtude de os moinhos esperarem para ver como o mercado vai se comportar. O trigo da Região Sul também tem atraído pouco interesse da indústria de São Paulo, pelos custos elevados de frete. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.