14/Out/2019

O começo da colheita de trigo já pressiona as cotações no Rio Grande do Sul, mas no Paraná os preços se mantêm ante a semana anterior, com vendedores administrando a oferta após as quebras de safra causadas por geada e seca durante o desenvolvimento. No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, os compradores e os vendedores divergem sobre os preços. Os moinhos indicam R$ 700,00 por tonelada, para entrega na próxima semana e pagamento em 30 dias, queda de R$ 50,00 por tonelada nos últimos sete dias, em virtude da pressão da chegada da safra. Entretanto, os vendedores indicam entre R$ 700,00 e R$ 750,00 por tonelada FOB, para os mesmos prazos.

Os produtores começaram a colher na semana passada na região e, como ainda não têm muito produto nos armazéns, sondaram o mercado, mas preferem aguardar. A partir desta semana, os produtores devem se dedicar a cumprir os contratos fechados antecipadamente e ofertar alguns volumes no spot. A colheita foi favorecida pelo clima mais seco na região. Segundo a Emater-RS, a colheita do cereal já se iniciou no Rio Grande do Sul. Das lavouras, 1% já estão colhidas, 8% em fase de floração, 27% com grão em maturação e a maior parte, 64%, em fase de enchimento de grãos. A área estimada para esta safra é de 739,4 mil hectares, que corresponde a 37% da área brasileira de plantio com o cereal.

No Paraná, na região dos Campos Gerais, a maior parte dos compradores indica R$ 850,00 por tonelada, para entrega imediata em moinho e pagamento em 30 dias, valor estável nas últimas semanas. Entretanto, há registro de negócios pontuais FOB no interior a R$ 830,00 por tonelada, para embarque imediato e pagamento em 30 dias. Com as perdas causadas por geadas e estiagem no Estado e a produção projetada, de 2,3 milhões de toneladas, abaixo da necessidade de consumo, de 3 milhões de toneladas, as cotações podem se manter se os produtores e as cooperativas continuarem administrando a oferta. Mesmo com as chuvas do começo da semana passada, a retirada dos grãos avança sem percalços na região. Também há indicação de compra a R$ 800,00 por tonelada, para entrega em novembro e pagamento 30 dias depois, mas os produtores não demonstram interesse em negociar por esse valor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.