07/Out/2019
A comercialização de trigo no mercado interno é lenta. Apesar da entrada da safra nacional, com 70% da área colhida no Paraná, os negócios movimentados no disponível ainda apresentam volume pouco expressivo. No Paraná, na região de Ponta Grossa, lotes pontuais da safra atual giram em torno de R$ 850,00 e R$ 880,00 por tonelada FOB. No Rio Grande do Sul, moinhos e produtores aguardam a passagem do chamado período crítico de desenvolvimento do cereal para acelerar o ritmo de negócios.
Na região da Serra Gaúcha, há registro de negócios a R$ 650,00 por tonelada, para retirada em meados de outubro e novembro. Na Argentina, a situação atual não está tão favorável. A Bolsa de Comércio de Rosário estima uma quebra de 10% a 40% no potencial de rendimento das lavouras em virtude da seca que atinge áreas produtoras. A projeção é de que 25% da área plantada está em condição regular, 30% em boa condição e 45% em condição muito boa.
Apesar da queda na produtividade, a colheita deve ser robusta, entre 20,5 milhões de toneladas e 21,5 milhões de toneladas. A Câmara da Indústria Azeiteira da Argentina (Ciaracec) estima que 5 milhões de toneladas de trigo da safra 2019/2020 já foram comercializadas antecipadamente. Outros 5,5 milhões de toneladas do cereal devem ser exportadas para o Brasil, cerca de 500 mil toneladas a mais que no ciclo anterior.
A safra brasileira deve ser prejudicada pela quebra na produção do Paraná. Mas, a Argentina afirma ter condições de suprir a necessidade. O trigo argentino para exportação tem sido comercializado entre US$ 140,00 e US$ 160,00 por tonelada no Porto de Rosário. Com o avanço da colheita, os preços tendem a cair ainda mais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.