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25/Set/2019

Cota sem tarifa beneficiará os moinhos brasileiros

A associação de exportadores de trigo dos Estados Unidos rebateu a ideia de que a cota de 750 mil toneladas de trigo que o governo brasileiro pode liberar para importação de fora do Mercosul sem tarifa seja um benefício aos produtores norte-americanos. É, sim, uma vantagem a mais para a indústria moageira brasileira. A decisão de compra de determinado fornecedor continua com os moinhos. Sobre o trigo importado de fora do Mercosul incide Tarifa Externa Comum (TEC) de 10%.

A cota anual foi anunciada pelo Ministério da Agricultura no fim de março, mas ainda precisa ser regulamentada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). Faz 25 anos que os países acordaram essa cota e caiu no esquecimento. Agora, já se passaram seis meses da última decisão e nada foi feito. A expectativa da indústria brasileira é de que a medida entre em vigor até o fim deste ano. Até a assinatura do Mercosul, em 1991, o Brasil era um dos maiores mercados de trigo dos Estados Unidos. Metade do trigo comprado pelos moinhos brasileiros era originada nos Estados Unidos e o restante adquirido de países do Mercosul.

Hoje, o Brasil importa somente 10% de cereal norte-americano. a participação norte-americana despencou. Com a cota anual, norte-americanos pretendem estreitar a relação comercial com moinhos brasileiros. A Associação afirma entender a proximidade econômica entre Brasil e Argentina, mas uma possível restrição argentina sobre as exportações pode levar moinhos brasileiros a comprarem maior volume dos Estados Unidos. Atualmente, cerca de 50% do trigo importado pelo Brasil é vem da Argentina. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.