23/Set/2019
O mercado nacional segue atento às condições climáticas nos principais Estados produtores: Rio Grande do Sul e Paraná, a fim de avaliar a qualidade da nova safra. No Paraná, o clima segue favorável para a colheita. No Rio Grande do Sul, as lavouras são beneficiadas pelas chuvas, que durante o estágio atual (a maioria em desenvolvimento vegetativo e espigamento) contribuem para a formação de proteína no grão e crescimento saudável da planta. Com a entrada da safra no Paraná, os preços do cereal estão sendo pressionados.
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), até o dia 16 de setembro, 44% da área plantada já havia sido colhida. Lotes da safra atual giram em torno de R$ 880,00 por tonelada FOB, enquanto há duas semanas, negócios relativos ao mesmo ciclo eram fechados em torno de R$ 950,00 por tonelada FOB. O volume de negócios é um pouco maior. Os produtores indicam entre R$ 888,00 e R$ 900,00 por tonelada, para cereal ser retirado na região norte do Paraná e moinhos indicam entre R$ 850,00 e R$ 855,00 por tonelada nas mesmas condições.
No Rio Grande do Sul, como não há mais trigo disponível, a comercialização para entrega futura está aquecida. Para entrega em outubro e novembro, os lotes são negociados por volta de R$ 670,00 por tonelada a ser retirada na região da Serra Gaúcha. Contudo, não há interesse de moinhos locais. As compras estão sendo feitas pela indústria moageira do Paraná, porque o valor praticado no momento está compensando. Com frete, os lotes chegam por volta de R$ 750,00 por tonelada na região de Curitiba/PR.
Quanto à importação, dados de line-up de navios mostram que nesta semana (entre 23 e 28 de setembro) devem desembarcar em território nacional 238,8 mil toneladas de trigo importado. Em igual período do ano passado, chegaram 264,9 mil toneladas. A carga chegará por 12 navios: 7 argentinos, 2 russos e 3 norte-americanos. Do total embarcado, 1 carregamento está previsto para o Porto de Rio Grande (RS), 2 para o Porto de Santos (SP), 3 para o Porto de Salvador (BA), 2 para o Porto de Cabedelo (PB) e 3 para o Porto do Mucuripe (CE). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.