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23/Jul/2019

Tendência de preços estáveis para o trigo no Brasil

Enquanto no Brasil os preços de trigo registram movimentos distintos dentre as regiões, no mercado externo, as cotações seguem em queda. Tanto nos Estados Unidos quanto na Argentina, o movimento baixista se deve à necessidade de menores valores para que o produto fique mais competitivo no mercado internacional. No spot, por sua vez, as perdas causadas pelas geadas na atual temporada têm deixado alguns produtores cautelosos em precificar lotes remanescentes do grão. Nos Estados Unidos, o contrato Setembro/2019 do trigo Soft Red Winter, na Bolsa de Chicago, registra desvalorização de 3,9%, cotado a US$ 5,02 por bushel (US$ 184,64 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, o contrato de mesmo vencimento do trigo Hard Winter apresenta expressiva queda de 5,8% no mesmo período, a US$ 4,40 por bushel (US$ 161,67 por tonelada). De acordo com o Ministério da Agroindústria, na Argentina, os preços FOB Porto de Buenos Aires encerraram o mesmo período a US$ 244,00 por tonelada, redução de 0,4% frente à semana anterior.

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, quanto às negociações para entrega e pagamento em setembro de 2019, para o mesmo porto, o valor médio é de US$ 210,31 por tonelada. No Brasil, no mercado de balcão (preço pago ao produtor), as cotações se mantêm estáveis no Rio Grande do Sul e no Paraná (+0,1%). No mercado de lotes (negociações entre empresas), os preços apresentam queda de 2,8% em São Paulo e de 0,8% no Rio Grande do Sul. Os valores registram alta apenas no Paraná, de 0,7%, devido às indicações pontuais de vendedores de lotes acima de R$ 1.000,00 por tonelada em regiões específicas. Quanto ao semeio de trigo, está praticamente finalizado no Brasil, restando apenas 2% para serem implantados no Rio Grande do Sul, segundo informações da Emater-RS. No Estados, após as geadas, as temperaturas se elevaram na última semana, cenário que favoreceu as aplicações de herbicidas e adubação nitrogenada nas lavouras.

No Paraná, o momento é de acompanhamento da qualidade dos cultivares. Dados do Departamento de Economia Agrária (Deral/Seab) apontam que, até o dia 15 de julho, 67% das lavouras implantadas apresentam condições boas, 24%, médias e 9%, ruins. De acordo com a Bolsa de Cereais Buenos Aires, na Argentina, os trabalhos de campo também avançam rapidamente. Entre as duas últimas semanas, o semeio evoluiu 6,3%, alcançando 92,1% da área total. Este percentual representa uma área de mais de 520 mil hectares. Em território norte-americano, por outro lado, com duas safras em andamento, o momento em que ambas estão é diferente. Enquanto a colheita de trigo de inverno (1%) teve início na semana passada, as lavouras de primavera ainda se desenvolvem. Destas, até o último dia 14, 76% apresentam condições entre boas e excelentes, 20%, médias e 4%, ruins. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.