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22/Jul/2019

Disparidade de preços limita os negócios com trigo

A comercialização interna de trigo continua em ritmo lento. Apenas contratos de volume pouco expressivo são fechados, em negociações pontuais. O principal entrave é a falta de acordo sobre preço entre produtores e moinhos. De um lado, com baixa disponibilidade de cereal de qualidade no spot, os produtores buscam a valorização dos lotes. Por outro lado, os moinhos, com estoques abastecidos, procuram oportunidades pontuais de comercialização. No Paraná, os moinhos devem ter reservas de cereal suficientes para a utilização durante um mês, quando a próxima safra começa a ser colhida no Estado.

Os produtores que ainda detêm cereal de qualidade superior disponível, indicam entre R$ 950,00 e R$ 1.000 por tonelada FOB no interior, enquanto os compradores indicam entre R$ 950,00 e R$ 970,00 por tonelada CIF moinho na Região Metropolitana de Curitiba. O valor indicado pelos moinhos é o que permite o atual preço da farinha, porque está diretamente atrelado. No atual nível de consumo, os moinhos não conseguem repassar maior custo para o produto. Dos três principais produtos, no primeiro semestre deste ano, a demanda por biscoito recuou 50% e por massas 40%. Somente o consumo de pão se manteve estável.

O mesmo cenário é observado no Rio Grande do Sul. O valor indicado por produtores para negociação é em torno de R$ 850,00 e R$ 900,00 por tonelada para cereal a ser retirado no interior do Estado. Os compradores indicam R$ 800,00 por tonelada para lotes na mesma condição. A comercialização geral está lenta, tanto a importação quanto a doméstica. Há falta de disponibilidade de trigo, mas os moinhos estão com estoques cheios, então não há interesse por compra. O mercado monitora também o desenvolvimento da próxima safra nos principais produtores.

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) destacou a melhoria da produtividade prevista para as lavouras a serem colhidas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que serão produzidos 2.753 quilos por hectare, 3,6% acima do ano anterior, quando a produtividade foi de 2.657 quilos por hectare. Com a diversificação dos fornecedores (incluindo Argentina, os produtores brasileiros e os de outros países), a indústria moageira conta com quantidade e variedades adequadas de trigo para atender o mercado nacional em volume e tipos de farinha. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.