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11/Jun/2019

Tendência de baixa do trigo com a menor liquidez

A procura por trigo segue pontual no mercado brasileiro, mantendo os preços do cereal enfraquecidos. No geral, as negociações ocorrem apenas quando há necessidade de repor mercadoria no curto prazo. Os compradores indicam ter estoques confortáveis até a entrada da próxima safra. Refletindo a baixa procura pelo cereal, as importações recuaram em maio, apresentando o menor volume desde maio/2018. Nos últimos sete dias, no mercado de lotes (negociações entre empresas), as cotações do trigo registram queda de 0,4% no Rio Grande do Sul, mas alta de 0,1% no Paraná, 0,4% em Santa Catarina e 0,8% em São Paulo. No mercado de balcão, enquanto os valores se mantêm estáveis no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, apresentam leve avanço de 0,3% no Paraná. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), chegaram aos portos brasileiros em maio apenas 404,78 mil toneladas de trigo, volume 34% inferior ao de abril/2019, mas 1,8% acima do de maio/2018.

Do volume importado, 80,5% vieram do Paraguai, 12,2%, do Líbano, 6,3%, do Uruguai e 1% veio da Argentina. Apesar da queda mensal, na parcial do atual ano-safra (de agosto/2018 a julho/2019), o Brasil importou 5,7 milhões de toneladas de trigo, 14,5% acima do mesmo período da temporada anterior. Quanto às exportações, em maio, foram embarcadas 182 mil toneladas, expressiva redução de 89,6% em relação ao mês anterior. O cereal brasileiro tem como principais destinos o Paraguai e a Libéria. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), até o dia 3 de junho, quase 70% da área havia sido semeada no Paraná, sendo que 95% das lavouras apresentam condições boas e apenas 5%, médias. Do que já foi implantado, 10% estão na fase de germinação e 90%, de desenvolvimento vegetativo.

Segundo a Emater-RS, no Rio Grande do Sul, o cultivo foi prejudicado por chuvas. Além das precipitações, a baixa luminosidade tem dificultado a germinação das plantas. Os maiores avanços ainda são observados na região da Fronteira Noroeste e Missões, com 9% da área total implantada até o dia 6 de junho. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o clima ainda preocupa na Argentina e atrapalha os trabalhos de campo. Apesar de uma semana sem chuvas, a região nordeste do país ainda apresenta umidade elevada, dificultando a entrada de máquinas e atrasando os trabalhos. Nas regiões de Córdoba, as atividades estão mais avançadas. Até o dia 28 de maio, o semeio totalizou 19,7% da área destinada ao cereal, avanço de 12% em relação à semana anterior, mas ainda 0,6% atrasado em relação a 2018.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até o dia 2 de junho, para o trigo de primavera, 93% já foram implementados. Destas lavouras, 69% já emergiram. Quanto ao trigo de inverno, 64% foram classificadas como boas e excelentes, 27%, médias, 7%, ruins e 2%, como muito ruins. Nos Estados Unidos, os contratos futuros de trigo registram alta nos últimos sete dias, refletindo as preocupações com a umidade elevada, que podem prejudicar as lavouras de inverno. Com isso, o contrato Julho/2019 do trigo Soft Red Winter na Bolsa de Chicago apresenta avanço de 0,3%, cotado a US$ 5,04 por bushel (US$ 185,37 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, o contrato Julho/2019 do trigo Hard Winter acumula queda de 5,1% nos últimos sete dias, a US$ 4,49 por bushel (US$ 164,98 por tonelada). Segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária da Argentina, os preços FOB Porto de Buenos Aires apresentam alta de 2,5%, a US$ 246,00 por tonelada. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.