10/Jun/2019

A comercialização no mercado interno de trigo permanece em ritmo lento. Apenas negócios pontuais são efetivados, com moinhos e produtores afastados das operações de compra e venda. O mercado spot está travado. Não há procura por negócios tanto da parte do comprador como da parte do vendedor. A indústria moageira segue abastecida e vai às compras apenas para reposição de lotes. Os moinhos continuam alegando que estão com reservas cheias devido ao baixo consumo de farinha e de derivados. Já os triticultores estão mais voltados aos trabalhos de campo, com o plantio da safra 2019 do cereal de inverno e pouco comercializam.

No Paraná, maior produtor nacional do cereal, a semeadura avançou três pontos porcentuais na semana. Da área estimada, de 1,003 milhão de hectares, 68% já estão semeados. No Rio Grande do Sul, que inicia o plantio após o Paraná, a evolução dos trabalhos de campo está mais lenta por causa da ocorrência de chuvas no noroeste do Estado. Nas áreas já trabalhadas há boa emergência das plantas, com melhora no aspecto visual. A falta de acordo sobre preço entre comprador e vendedor também contribui para o baixo fluxo da comercialização.

No Rio Grande do Sul, moinhos ofertam a R$ 750 a tonelada FOB para cereal tipo pão, a ser retirado na região da Serra Gaúcha, enquanto produtores indicam entre R$ 800 e R$ 850 a tonelada nas mesmas condições. No Paraná, compradores propõem R$ 930 a R$ 940 por tonelada por trigo pão tipo 1 para entrega imediata em moinhos dos Campos Gerais, com pagamento de 30 a 40 dias, em torno de R$ 30 a R$ 40 acima da semana anterior. Para a negociação antecipada da safra 2019, a referência de compra é de R$ 700 por tonelada para entrega em outubro e novembro nos Campos Gerais, com pagamento 30 dias depois, mas o vendedor pede R$ 800 a tonelada. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.