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28/Mai/2019

Comercialização da safra no final e foco no plantio

Os produtores do Brasil, da Argentina e dos Estados Unidos estão com as atenções voltadas ao semeio do cereal da nova temporada 2019/2020. Enquanto o cultivo avança no Paraná e nos Estados Unidos, as primeiras lavouras começam a ser implantadas no Rio Grande do Sul e na Argentina. No geral, o clima tem favorecido os trabalhos no Brasil e na Argentina, mas tem preocupado os produtores norte-americanos. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a semeadura havia alcançado, até a semana passada, 3,1% da área esperada na Argentina, de 6,4 milhões de hectares, 3% superior à da safra anterior. Por enquanto, a expectativa é de oferta elevada. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 70% do trigo de primavera havia sido semeado até o dia 19 de maio no país. Destas lavouras, 26% emergiram.

No Brasil, especificamente no Rio Grande do Sul, a Emater-RS reportou que o semeio alcançou 5% da região noroeste do Estado e 3% das Missões. A área deve se manter a mesma da safra anterior. No Paraná, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral/Seab), 60% da área havia sido cultivada, avanço de 14% frente ao verificado na semana anterior. Das lavouras que estão no campo, 96% estão em boas condições e 4%, médias. Destas, 63% estão em desenvolvimento vegetativo e 37%, em germinação. Há ajustes no quadro de oferta e demanda de trigo no Paraná. A área, que, na safra 2018/2019, ficou em 1,1 milhão de hectares, pode cair 9%, para 1 milhão de hectares na safra 2019/2020. A produção e a produtividade devem apresentar ganhos de 15% e 25%, indo respectivamente para 3,23 milhões de toneladas e 3,2 toneladas por hectare.

Em relação à comercialização, ainda restam 2% do trigo da safra 2018/2019 para ser negociado no Paraná e, da 2019/2020, apenas 4% foram comprometidos antecipadamente. No spot, os negócios são pontuais e os preços registram pequenas oscilações entre as regiões. Nos últimos sete dias, os preços registram recuo de 0,1% no mercado de balcão (valor pago ao produtor) do Paraná e de 0,9% no Rio Grande do Sul. No mercado de lotes (negociação entre empresas), os valores apresentam avanço de 0,1% no Rio Grande do Sul e de 0,2% em São Paulo. No Paraná e Santa Catarina, as cotações acumulam queda de 0,1% e 1,2%, respectivamente. No mercado internacional, os preços da Argentina e Estados Unidos estão em alta.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agroindústria da Argentina, no spot, os valores FOB no Porto de Buenos Aires registram alta de 0,9% nos últimos sete dias, a US$ 220,00 por tonelada. Considerando-se a entrega e o pagamento em julho de 2019, no Porto de Buenos Aires, o valor médio foi de US$ 198,22 por tonelada na semana passada, contra US$ 198,60 por tonelada na semana atual. Nos Estados Unidos, os contratos futuros estão m alta, influenciados pela alta umidade do solo para o semeio de primavera. Os agentes temem que parte da área estimada inicialmente fique sem ser implantada. Na Bolsa de Chicago, o contrato Julho/2019 do Soft Red Winter registra forte alta de 5,3% nos últimos sete dias, a US$ 4,89 por bushel (US$ 179,86 por tonelada). Na Bolsa de Kansas, para o contrato de mesmo vencimento, o trigo Hard Winter apresenta valorização de em 5,2%, a US$ 4,42 por bushel (US$ 162,41 por tonelada). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.