22/Dec/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa pelo sexto pregão consecutivo na sexta-feira (19/12). O vencimento março da oleaginosa recuou 2,50 cents (0,24%), e fechou a US$ 10,59 por bushel, acumulando perda de 2,51% na semana passada. O desempenho foi motivado por um movimento de liquidação de posições compradas. A soja continua em modo de liquidação por parte dos fundos, e os preços devem permanecer sob pressão até que esse movimento se esgote. Ninguém sabe quando a queda chegará ao fim, mas, tanto do ponto de vista do tempo quanto dos preços, devemos estar próximos disso.

Para a Biond Agro, a posição historicamente comprada dos fundos reforça a vulnerabilidade do mercado a correções. Os investidores seguem em níveis recordes de exposição comprada, superiores aos de 2020, o que torna qualquer movimento de liquidação mais intenso. A falta de clareza sobre as compras chinesas do grão norte-americano também pressiona as cotações. Não tem nada acordado de fato, não tem um acordo oficial dos dois países. É tudo no boato. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 134 mil toneladas de soja para a China, com entrega durante o ano comercial 2025/2026.

Até agora, as vendas avulsas para o país asiático somam 3,845 milhões de toneladas. Considerando também as vendas menores, que não são anunciadas diariamente, o volume está em cerca de 7 milhões de toneladas, de acordo com estimativas do mercado. O governo norte-americano espera que a China compre 12 milhões de toneladas até o fim de fevereiro de 2026. Quanto à América do Sul, modelos climáticos seguem apontando condições amplamente favoráveis para toda a região nas próximas semanas, e a expectativa de safra cheia no Brasil, Argentina e Paraguai limita possíveis altas.