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18/Dec/2025

Futuros caem com ritmo lento de compras chinesas

Os futuros de soja fecharam em baixa nesta quarta-feira (17/12) na Bolsa de Chicago, pressionados pela frustração do mercado com a velocidade das compras chinesas, que seguem insuficientes para atingir a meta de 12 milhões de toneladas até o fim do ano. O vencimento março recuou 3,00 cents (0,28%), e fechou a US$ 10,68 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores privados reportaram vendas de 198 mil toneladas de soja para a China e 125 mil toneladas para destinos não revelados, com entrega durante o ano comercial 2025/2026. Apesar dos anúncios diários, o volume acumulado continua decepcionando os operadores. Para a StoneX, a questão central não é se a China está comprando, mas a velocidade desse fluxo.

A China adquiriu cerca de 668 mil toneladas nos últimos dias, levando o total comprado nos dois meses mais recentes para algo entre 4,4 milhões e 5 milhões de toneladas, volume distante da expectativa de 12 milhões de toneladas até dezembro. Nos Estados Unidos, os sinais de consumo seguem positivos. O esmagamento de soja atingiu 237,1 milhões de bushels em outubro, recorde confirmado pelo USDA. Para novembro, a Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (NOPA) estimou 216,04 milhões de bushels, número inferior ao de outubro, mas acima do registrado um ano antes. Há confirmação clara de consumo interno. A Agência de Informação de Energia (EIA) informou que a produção média diária de etanol nos Estados Unidos atingiu novo recorde de 1,131 milhão de barris por dia na semana encerrada em 12 de dezembro, superando o recorde de 1,126 milhão de barris do fim de novembro.

O dado reforça a demanda firme por grãos no setor de biocombustíveis. Na América do Sul, o quadro segue confortável do lado da oferta. A estimativa para a safra brasileira continua próxima de 178 milhões de toneladas. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elevou a estimativa de exportação de soja em dezembro para 3,57 milhões de toneladas, alta de 7,2% sobre a projeção anterior e crescimento de 142,9% ante dezembro de 2024. Com os embarques de dezembro, o Brasil deve encerrar 2025 com 109,28 milhões de toneladas exportadas, novo recorde. Fundamentalmente, a América do Sul continua pressionando os preços. Apesar de relatos de chuvas excessivas em áreas centrais do Brasil e tempo mais seco no Rio Grande do Sul, esses fatores ainda não alteram o cenário geral.