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17/Dec/2025

Futuros de soja caem com demanda fraca da China

Os futuros de soja fecharam em baixa nesta terça-feira (16/12) na Bolsa de Chicago, pressionados pela melhora das condições climáticas no Brasil e pela frustração com o ritmo das compras chinesas, que seguem insuficientes para cumprir o acordo comercial com os Estados Unidos. O vencimento março recuou 9,50 cents (0,88%), e fechou a US$ 10,71 por bushel. As chuvas intensas no Brasil durante o fim de semana e a perspectiva de precipitações adicionais nesta semana reforçaram a expectativa de safra recorde no país. Segundo a Soybean & Corn Advisor, as chuvas da semana passada e do fim de semana no Brasil se tornaram muito mais regulares, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. Precipitações mais pesadas são esperadas nesta semana, inclusive no Rio Grande do Sul, Estado que vinha enfrentando condições secas e atrasos no plantio.

Operadores na Bolsa de Chicago já comentam que a safra brasileira pode superar 180 milhões de toneladas. Isso é normal acontecer, pois quando o clima melhora, aumenta a estimativa. A demanda chinesa continuou decepcionando o mercado. A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) informou que o país importou 8,107 milhões de toneladas de soja em novembro, alta de 13,1% ante igual mês do ano passado, mas recuo de 14,5% em relação a outubro. No acumulado de janeiro a novembro, as importações atingiram 103,79 milhões de toneladas, crescimento de 6,9% na comparação anual. Segundo a Consus Ag Consulting, a demanda por soja dos Estados Unidos continua saudável apesar de leituras pessimistas.

Foram questionadas as projeções da consultoria Oil World, que estima estoques finais norte-americanos em 13,61 milhões de toneladas, bem acima das 7,89 milhões de toneladas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Isso parece prematuro, considerando que a China já está em um nível conhecido de compras de 4,2 milhões de toneladas, com aquisições ainda não detalhadas que podem colocar esse volume mais próximo de 7 milhões de toneladas. Relatórios atrasados da Commodity Futures Trading Commission (CFTC) mostraram que fundos especulativos acumularam posições compradas líquidas de quase 179 mil contratos no início de novembro, após o acordo entre Estados Unidos e China. No entanto, em 25 de novembro, houve redução de cerca de 17 mil contratos, tendência que deve ter continuado em dezembro diante da frustração com o ritmo das compras chinesas.