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16/Dec/2025

Futuros caem com incerteza sobre biocombustíveis

Os futuros de soja fecharam em baixa nesta segunda-feira (15/12) na Bolsa de Chicago, pressionados pela queda nas inspeções de exportação e pela indefinição sobre a política norte-americana de biocombustíveis para 2026. O vencimento março recuou 5,50 cents (0,51%), e fechou a US$ 10,81 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que o volume de soja inspecionado para exportação caiu 22,4% em relação à semana anterior, totalizando 795,7 mil toneladas. No acumulado do ano-safra, as inspeções somam 13,7 milhões de toneladas, queda de 46% ante o mesmo período do ciclo anterior. A indefinição sobre a política de mistura obrigatória de biocombustíveis para 2026 também pesou sobre o mercado.

Segundo a Consus Ag Consulting, a Casa Branca indicou que o anúncio dificilmente ocorrerá ainda neste ano, frustrando a expectativa do mercado. Não é porque os fundamentos básicos mudaram. É uma questão de incerteza olhando para frente. A falta de definição levou investidores a reduzir posições, especialmente nos contratos ligados ao complexo da soja. A NoBullAg destacou que mesmo com a China ativa nas compras, os preços não se sustentam devido à expectativa de uma "parede de soja" vinda do Brasil. O principal obstáculo segue sendo a iminente colheita de mais uma safra recorde brasileira, sem ameaças climáticas relevantes na América do Sul.

Desde que atingiu US$ 11,60 por bushel no início de novembro, a soja acumulou quedas em 11 das últimas 18 sessões, com perda superior a US$ 0,90 por bushel. O USDA informou que exportadores privados reportaram vendas de 136 mil toneladas de soja para a China, com entrega durante o ano comercial 2025/2026, mas o anúncio não foi suficiente para reverter o sentimento negativo. A Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (NOPA) divulgou que a indústria norte-americana processou 5,88 milhões de toneladas de soja em novembro, queda de 5,1% ante o recorde histórico de outubro. Apesar do recuo mensal, o processamento cresceu 11,8% em relação a igual mês do ano passado. O número veio abaixo das expectativas do mercado, que projetava 6,00 milhões de toneladas.