11/Dec/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta nesta quarta-feira (10/12), apoiados por novos anúncios de vendas do grão norte-americano. No entanto, o ceticismo sobre o ritmo das compras chinesas e as perspectivas de oferta global abundante limitaram os ganhos. O vencimento março da oleaginosa subiu 2,75 cents (0,25%), e fechou a US$ 11,01 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores privados reportaram a venda de 467 mil toneladas de soja para entrega na temporada 2025/2026.

Desse total, 136 mil toneladas foram destinadas à China e 331 mil toneladas para destinos não revelados. Também foi reportada a venda de 120 mil toneladas de farelo de soja para a Polônia. Apesar do impulso pontual, analistas seguem céticos sobre a demanda chinesa. A AgResource Company afirmou que o mercado "perdeu confiança" na promessa de que a China compraria 12 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos.

A China comprou cerca de 4 milhões de toneladas até agora, e o prazo de compra foi estendido sem definição clara de data. As metas estão mudando o tempo todo. A StoneX destacou que a redução da projeção chinesa de importações para 95,8 milhões de toneladas em 2025, abaixo dos 109,4 milhões de toneladas da temporada anterior, elevou a incerteza sobre a demanda global. Isso coloca em questão se a China construiu estoques suficientes para conseguir desacelerar suas importações de soja.

A AgResource observou que os dados mais recentes de exportação dos Estados Unidos mostram descompasso crescente entre o que o USDA projeta e o ritmo efetivo de vendas. Na semana encerrada em 6 de novembro, os exportadores americanos venderam o equivalente a 490 mil toneladas de soja, abaixo do 1,25 milhão de toneladas da semana anterior. O atual ritmo de vendas apontaria para exportações anuais em torno de 35 milhões de toneladas, bem abaixo da meta oficial de 44,5 milhões de toneladas.