ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Dec/2025

Futuros pressionados por fraca demanda chinesa

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (09/12), pressionados pelo ceticismo sobre o ritmo das compras chinesas, mesmo após o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) manter os estoques domésticos abaixo das expectativas do mercado. O contrato março recuou 7,50 cents (0,68%), e fechou a US$ 10,98 por bushel. O USDA manteve os estoques finais dos Estados Unidos em 7,89 milhões de toneladas, número inferior ao estimado por analistas.

A produção norte-americana foi mantida em 115,75 milhões de toneladas, e o esmagamento continuou projetado em 69,54 milhões de toneladas. No cenário global, os estoques finais subiram para 122,37 milhões de toneladas, leve alta de 0,4 milhão ante novembro. O USDA preservou suas estimativas de produção para Brasil (175 milhões de toneladas) e Argentina (48,5 milhões de toneladas), reforçando a expectativa de ampla oferta mundial. Ainda assim, a falta de clareza sobre a demanda chinesa limitou qualquer reação altista.

Consultorias como a AgResource estimam que a China comprou cerca de 8 milhões de toneladas a menos do que em igual período de 2024. Para a NoBullAg, cinco semanas após o anúncio de um suposto acordo comercial, ainda não houve confirmação oficial do governo chinês, o que mantém o mercado desconfiado. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) elevou sua estimativa de exportação de soja do Brasil em dezembro para 3,33 milhões de toneladas, alta de 18,5% sobre a projeção anterior. O volume representa aumento de 126,9% frente a dezembro de 2024 e deve levar os embarques totais de 2025 a 109,04 milhões de toneladas, novo recorde anual.