09/Dec/2025

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (08/12), apesar de dois anúncios de vendas avulsas do grão norte-americano para a China. O mercado refletiu o pessimismo com o ritmo lento das exportações dos Estados Unidos e a ampla oferta global de grãos. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 11,50 cents (1,04%), e fechou a US$ 10,93 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores privados venderam 132 mil toneladas de soja para a China, com entrega em 2025/2026.

A operação se soma às 462 mil toneladas anunciadas na sexta-feira (05/12). Mesmo assim, a AgResource destacou que a China comprou cerca de 8 milhões de toneladas a menos que no mesmo período de 2024. A grande questão é se os Estados Unidos perderam permanentemente 8 milhões de toneladas de demanda pelas exportações norte-americanas de soja ou se isso volta na primavera e no verão. A falta de clareza sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China também pressionou as cotações. Cinco semanas após o anúncio de um suposto acordo, não há confirmação oficial do governo chinês, e o mercado “perdeu a paciência” com declarações imprecisas de autoridades norte-americanas.

Traders ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta terça-feira (09/12). Analistas estimam estoques finais dos Estados Unidos em 8,41 milhões de toneladas, acima de 7,89 milhões de toneladas projetadas em novembro. A AgResource projeta redução de 1,4 milhão a 2,7 milhões de toneladas na estimativa de exportações. O USDA divulgou os dados de inspeção para exportação da semana encerrada em 4 de dezembro. O volume de soja inspecionado subiu 9,2% ante a semana anterior, para 1,018 milhão de toneladas, mas representa apenas metade do reportado no mesmo período de 2024.