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08/Dec/2025

Futuros em baixa com dólar mais forte ante o Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda na sexta-feira (05/12), apesar de um novo anúncio de venda avulsa do grão norte-americano para a China. O forte avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, pressionou as cotações. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estimou que o Brasil deverá embarcar 2,81 milhões de toneladas de soja em dezembro, aumento de 91,7% em relação a igual período do ano passado. O vencimento janeiro da oleaginosa caiu 14,25 cents (1,27%), e fechou a US$ 11,05 por bushel. Na semana passada, acumulou desvalorização de 2,86%. Além disso, traders estão pessimistas com o ritmo das compras chinesas.

A venda anunciada na sexta-feira (05/12) foi a primeira em uma semana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 462 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega durante o ano comercial 2025/2026. Até agora, as vendas avulsas para a China somam apenas 2,713 milhões de toneladas, volume bem distante dos 12 milhões que o país teria se comprometido a comprar até o fim do ano. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que a China deve demorar um pouco mais do que o previsto para concluir a aquisição do volume total, e que isso deve ocorrer até o fim de fevereiro de 2026. Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta terça-feira (09/12).

De acordo com analistas, os estoques de soja nos Estados Unidos ao fim da temporada 2025/2026 devem ser estimados em 8,41 milhões de toneladas. Em novembro, o USDA projetou os estoques finais em 7,89 milhões de toneladas. Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que plantio de soja cobria 44,7% da área estimada de 17,6 milhões de hectares, após um avanço de 8,7% na semana. Na comparação com a época correspondente do ano passado, há atraso de 9%. Excessos hídricos ainda atrapalham a semeadura da soja de 1ª safra no centro de Buenos Aires. 61% da safra apresentava condição boa ou excelente, em comparação a 62% na semana anterior.