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01/Dec/2025

Produção brasileira deverá crescer em 2025/2026

Segundo a Agroconsult, o Brasil deverá colher 178,1 milhões de toneladas de soja na safra 2025/2026, aumento de 6 milhões de toneladas, ou 3,5%, em relação aos 172,1 milhões de toneladas da safra anterior. A área plantada deve alcançar 48,8 milhões de hectares, crescimento de 2,1% ante os 47,8 milhões de hectares de 2024/2025. Do incremento total esperado na produção, 3,6 milhões de toneladas virão da expansão de área e 2,3 milhões de toneladas da variação de produtividade. Boa parte do ganho de produtividade está associado à recuperação da produção no Rio Grande do Sul, que foi muito afetada na safra passada. Em vários Estados, especialmente na Região Centro-Oeste, as produtividades ficarão mais próximas da normalidade e não nos níveis alcançados em 2025. Em Mato Grosso, por exemplo, a expectativa é de produtividade na faixa de 62 a 62,5 sacas de 60 Kg por hectare, abaixo das quase 67 sacas de 60 Kg por hectare alcançadas na safra anterior.

O plantio da safra 2025/2026 alcançou 85% da área estimada até 26 de novembro, em linha com a média dos últimos cinco anos e praticamente igual ao ritmo da safra 2024/2025. Está muito bom do ponto de vista da implantação da lavoura este ano, apesar do começo um pouco preocupante. Houve um atraso inicial em Mato Grosso devido à falta de chuvas em setembro. O crescimento de área, embora represente cerca de 1 milhão de hectares, é considerado significativo diante das condições adversas do setor. Pela situação atual da agricultura, é significativo crescer cerca de 1 milhão de hectares com a combinação de três fatores: alavancagem ainda relativamente alta, margens comprimidas e custo de capital muito alto. Os produtores típicos do Cerrado têm hoje uma alavancagem acima de 2,5 vezes o Ebitda apenas dentro do sistema financeiro formal, sem contar dívidas contraídas fora do sistema bancário tradicional. As exportações brasileiras de soja em 2026 devem alcançar 112 milhões de toneladas, alta de 2,7% em relação aos 109,1 milhões de toneladas projetados para 2025.

O esmagamento doméstico deve atingir 60 milhões de toneladas em 2026, aumento de 2,5% ante as 58,5 milhões de toneladas estimadas para 2025. A safra deve ter entrega antecipada de volumes, com 11 milhões de toneladas disponíveis já na primeira quinzena de janeiro de 2026. O avanço da safra 2025/2026 de soja ocorre sob um risco maior associado ao calor do que à eventual falta de chuvas. A tendência é de meses mais quentes e o calor pode potencializar o impacto de períodos secos ao longo do ciclo. Quinze ou vinte dias sem chuva, a soja até tolera. Mas, juntando esse período com temperaturas entre 44°C e 46°C, o comportamento da lavoura muda completamente. Ondas de calor devem ser frequentes e a preocupação aumenta quando não há interrupção com umidade. Os modelos climáticos para dezembro, janeiro e fevereiro não indicam grandes distorções na precipitação na maior parte das regiões produtoras, mas apontam temperaturas acima da média em praticamente todo o País.

No Rio Grande do Sul, há projeção de chuvas levemente abaixo da média, dentro de um cenário de La Niña curta e de intensidade moderada. Até o momento não houve nenhum problema mais sério, mas a experiência pede cautela. Já foram vistas safras do Rio Grande do Sul muito boas até o Natal se transformarem em um problema em março. O foco deve estar menos no volume de chuvas e mais na interação entre calor intenso e intervalos longos sem precipitação. O plantio da safra 2025/2026 alcançou 85% da área estimada até 26 de novembro, ritmo semelhante à média dos últimos cinco anos e quase idêntico ao da temporada anterior. Mesmo com atrasos isolados em Bahia, Minas Gerais e Tocantins, o avanço nacional é considerado adequado. A implantação da lavoura está muito boa, apesar de um início que gerou alguma preocupação. O replantio ficou entre 2% e 4% da área em alguns Estados, acima do padrão usual de 1% a 1,5%, mas ainda distante do recorde observado na safra 2023/2024.

Ficou um pouco acima do normal, mas nada que mereça maior alarde. Episódios recentes de chuva ajudaram a reduzir a necessidade de novas semeaduras. Áreas do leste e sudeste de Mato Grosso, norte de Mato Grosso do Sul e Goiás seguem com umidade limitada e chuvas mal distribuídas. Oeste e sul da Bahia, além de porções de Minas Gerais, registraram melhora, embora ainda abaixo da média. Na Região Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul enfrentaram excesso de chuvas e episódios de granizo que causaram danos localizados. No Paraná, entre 130 mil e 140 mil hectares foram afetados mais intensamente por granizo, com estimativa de replantio entre 80 mil e 100 mil hectares. Na região atingida é algo muito expressivo, mas, olhando o Estado como um todo, representa cerca de 5%. Em relação ao Brasil, são problemas pontuais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.