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01/Dec/2025

Cotribá pede proteção judicial para evitar bloqueios

A Cotribá, uma das cooperativas agropecuárias mais tradicionais do Rio Grande do Sul, ingressou com um pedido de tutela de urgência para obter proteção contra cobranças e execuções judiciais, devido ao agravamento de sua situação financeira. Segundo documentos encaminhados ao Judiciário, a cooperativa acumula cerca de R$ 1 bilhão em dívidas, das quais R$ 400 milhões vencem ainda até o final de novembro. No pedido, protocolado em 25 de novembro, a Cotribá afirma enfrentar pressões simultâneas de credores, risco de bloqueio de contas e dificuldades para manter suas operações essenciais.

A cooperativa alega que eventuais constrições judiciais imediatas poderiam comprometer a continuidade das atividades, afetando produtores associados e toda a cadeia que depende da cooperativa. A decisão liminar, expedida no âmbito de uma ação cautelar, busca suspender temporariamente cobranças, protestos e execuções, garantindo fôlego financeiro para a empresa negociar com credores. A medida é semelhante ao chamado stay period, usado para evitar o colapso de empresas em crise antes da formalização de uma eventual recuperação judicial.

No pedido, a Cotribá também argumenta que a crise decorre de uma combinação de fatores, como oscilações de mercado, dificuldades de liquidez, impacto climático sobre a produção e restrições de crédito no setor. Caso seja aceita, a cooperativa ganha tempo para reorganizar seu fluxo financeiro; se negada, pode enfrentar novos bloqueios e aceleração de dívidas. A Cotribá ainda não se manifestou publicamente sobre o processo. Mais antiga cooperativa agropecuária do Brasil, a Cotribá foi fundada em 1911. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.