28/Nov/2025
As expectativas de área plantada para 2026/2027 indicam que os agricultores dos Estados Unidos devem reduzir a área destinada ao milho no próximo ano, após os plantios de 2025/2026 atingirem o maior nível em quase nove décadas, enquanto a área de soja tende a se recuperar. As projeções mostram posições divididas quanto à intensidade dessa redução: parte dos analistas acredita que a área de milho pode superar 38,45 milhões de hectares, enquanto outra fatia vê os plantios entre 37,64 milhões e 38,45 milhões de hectares e um grupo menor projeta queda mais acentuada, situando a área entre 36,83 milhões e 37,64 milhões de hectares, recuo expressivo frente aos 39,94 milhões de hectares plantados em 2025/2026, resultado que foi o maior desde meados da década de 1930, impulsionado por melhor rentabilidade, demanda consistente e dinâmica de rotação de culturas, o que levou a um aumento na área de milho naquele ano, equivalente a cerca de 3,28 milhões de hectares, em detrimento de outras culturas.
A área de soja, por sua vez, havia recuado aproximadamente 2,43 milhões de hectares no ano anterior, influenciada por tensões comerciais internacionais que desestimularam parte dos produtores, preocupações que acabaram se confirmando. Para 2026/2027, fatores como rotação de culturas e custos de insumos devem favorecer a soja em relação ao milho, já que essa cultura costuma demandar menos gastos com fertilizantes, tornando-se mais atraente em um cenário de preços de insumos ainda elevados. As projeções apontam que a área de soja pode alcançar entre 33,18 milhões e 33,99 milhões de hectares, acima dos 32,82 milhões registrados em 2025/2026, enquanto uma parcela relevante dos analistas estima uma expansão maior, situando os plantios entre 33,99 milhões e 34,80 milhões de hectares, e uma minoria projeta valores acima de 34,80 milhões de hectares.
No caso do trigo, a maior parte dos economistas espera redução de área em razão da baixa perspectiva de lucratividade, com projeções indicando áreas entre 17,33 milhões e 18,33 milhões de hectares, abaixo dos 18,33 milhões cultivados em 2025/2026, enquanto outros analistas veem possibilidade de queda para menos de 17,81 milhões de hectares e um grupo menor acredita em área entre 18,33 milhões e 18,62 milhões de hectares. Outras estimativas recentes apontam que, para 2026, a área de milho pode ficar próxima de 38,45 milhões de hectares, a de soja em torno de 34,20 milhões de hectares e a de trigo próxima de 17,81 milhões de hectares, valores baseados em levantamentos junto a produtores e agentes do agronegócio. A área de algodão havia recuado cerca de 0,77 milhão de hectares em 2025/2026, grande parte substituída pelo milho, e a maioria dos economistas vê pouca alteração para o próximo ano, com expectativas de plantio entre 3,64 milhões e 4,05 milhões de hectares, próximos dos 3,76 milhões cultivados em 2025/2026.
Uma parcela menor projeta valores entre 4,05 milhões e 4,45 milhões de hectares, enquanto outros veem possibilidade de queda para menos de 3,64 milhões de hectares. A demanda fraca e a ausência de compromissos firmes de compra têm pressionado os preços do algodão, reduzindo o interesse de produtores que dispõem de outras alternativas viáveis em suas regiões, lembrando que a última vez em que a área cultivada ficou abaixo de 3,64 milhões de hectares ocorreu em 2015, período em que o preço médio pago ao produtor foi de pouco mais de 61,00 centavos de dólar por libra-peso, enquanto a estimativa mais recente aponta um valor médio em torno de 64,00 centavos por libra-peso para a safra atual. Fonte: AGWEB. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.