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19/Nov/2025

Futuros em leve baixa apesar de compras chinesas

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (18/11), apesar da confirmação de uma grande compra de soja norte-americana pela China. Segundo traders, a alta de quase 3% da sessão anterior já tinha sido motivada por esses rumores, o que explicaria o desempenho mais fraco. O vencimento janeiro da oleaginosa perdeu 3,75 cents (0,32%), e fechou a US$ 11,53 por bushel. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 792 mil toneladas de soja para a China, com entrega no ano comercial 2025/2026. Autoridades dos Estados Unidos sinalizaram nos últimos dias que a China deve cumprir a promessa de adquirir 12 milhões de toneladas do grão norte-americano até janeiro.

Até agora, porém, as vendas avulsas somam apenas pouco mais de 1 milhão de toneladas. Alguns analistas acreditam que os futuros do grão podem mostrar alguma força em breve. Com base no comportamento anterior dos preços, a soja pode chegar a um patamar de US$ 12,00 por bushel até o fim do mês. Um rali pode ocorrer caso a China continue comprando soja dos Estados Unidos, o que seria necessário para atingir a meta de 12 milhões de toneladas. A colheita nos Estados Unidos está praticamente concluída, o que pesou sobre os contratos. O USDA publicou seu primeiro relatório semanal de acompanhamento de safra desde 29 de setembro, que mostrou que a colheita de soja estava em 95% no dia 16 de novembro.

A alta expressiva do óleo de soja, de quase 2%, não conseguiu impulsionar as cotações da soja em grão. Dados mostraram que a indústria norte-americana processou um volume recorde de 6,20 milhões de toneladas de soja em outubro. Segundo analistas, isso pode ser reflexo da demanda do setor de biodiesel, o que deu suporte aos preços do derivado. No Brasil, o plantio de soja da safra 2025/2026 alcançava, no dia 15 de novembro, 69% da área prevista nos 12 Estados que correspondem a 96% da área cultivada, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Houve avanço de 10,6% em relação à semana anterior, quando os trabalhos atingiam 58,4%. Na comparação com igual momento da safra 2024/2025, os trabalhos estão 4,8% atrasados. Ante a média dos últimos cinco anos, há avanço de 1,8%.