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18/Nov/2025

Bolsa de Chicago: preços devem cair em fevereiro

Segundo a AgResource, a soja negociada na Bolsa de Chicago deve recuar para US$ 10,00 por bushel até o final do inverno nos Estados Unidos (fevereiro-março), pressionada por estoques elevados norte-americanos e pela forte oferta brasileira. Se as vendas norte-americanas de soja continuarem lentas por causa dos descontos brasileiros, e se o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tiver que ajustar as compras da China para baixo, chegará a 12,8 milhões de toneladas em estoques finais, uma relação estoque-uso de cerca de 11,4%. Isso leva o mercado de volta a US$ 10,00 por bushel. O USDA projeta estoques finais norte-americanos em 7,89 milhões de toneladas, com relação estoque-uso de 6,7%. A AgResource, porém, trabalha com importações chinesas de 12 milhões de toneladas, abaixo das estimativas oficiais de 15 milhões a 16 milhões de toneladas.

Ainda não há evidências de que a China está comprando soja norte-americana. A China continua comprando do Brasil, com três carregamentos vendidos na sexta-feira (14/11) para dezembro e novos lances nesta segunda-feira (17/11) para embarques em janeiro. O mercado brasileiro caiu na sexta-feira (14/11), enquanto a Bolsa de Chicago recuava US$ 0,20 por bushel, refletindo a pressão dos produtores brasileiros com safra velha. O USDA elevou a estimativa da safra brasileira 2024/2025 para 171,5 milhões de toneladas, mas a AgResource projeta cerca de 174 milhões de toneladas. O produtor brasileiro ainda tem mais grãos para vender da safra passada. A contagem recorde de vagens por metro quadrado nos Estados Unidos, pela primeira vez acima de 2 mil, indica pouco espaço para surpresas.

Se tivesse chovido no final de agosto ou em setembro, seria uma safra em torno de 3,8 a 3,9 toneladas por hectare. O USDA deve manter o rendimento norte-americano perto de 3,56 toneladas por hectare, com ajustes marginais até o relatório final de janeiro. Sobre o clima na América do Sul, não há problemas significativos. Há problemas pontuais, o que não é incomum em nenhum ano agrícola. A previsão para as próximas duas semanas indica chuvas intensas nos dois terços ao norte da área de soja brasileira, com tempo mais seco na Argentina e na Região Sul do Brasil. Mato Grosso já encerrou o plantio de soja, o que coloca as primeiras colheitadeiras em campo nos últimos dias de dezembro ou nos primeiros dias de janeiro. Isso está a cerca de 50 dias de distância, o que reforça a proximidade da entrada da nova safra brasileira. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.